Entrevista com Lúcio Machado Bellentani
Título
Entrevista com Lúcio Machado Bellentani
Código da entrevista
C152
Entrevistados
Data da entrevista
27/02/2019
Resumo da entrevista
Em entrevista ao Programa Coleta Regular de Testemunhos, Lúcio narrou sua trajetória de militância política ligada ao movimento operário e sindical no contexto da ditadura civil-militar. Lúcio ingressou como membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), atuando como representante do comitê central e dirigente regional entre 1968 e 1970. Trabalhando como ferramenteiro na Volkswagen de São Bernardo do Campo no ano de 1972, Lúcio incorporou nova militância junto ao sindicato. Assim, tomou frente às inciativas de greve por melhores condições nas fábricas, como salário e segurança, tonando-se alvo de perseguição em seu ambiente de trabalho. Segundo Bellentani, assim como outras fábricas da região, a Volkswagen foi intensamente vigiada pela polícia política que contava com o apoio da segurança interna da fábrica, comandada por oficiais da reserva do Exército. O entrevistado abordou ainda os dois processos de prisão sofridos (1972 e 1974), quando passou pelo Deops/SP, DOI-Codi/SP e Presídio Tiradentes somando, aproximadamente, 10 meses de encarceramento. Ao final, refletiu sobre a importância de que a memória política deste período enfatize a participação civil no apoio às ações de repressão comandadas pelo Estado a fim de que a sociedade tenha conhecimento dos fatos acontecidos e para que se cumpra a responsabilização legal dos setores envolvidos.
Entrevistadores
Luiza Giandalia | Julia Gumieri
Duração (minutos)
118
Operador de câmera
Jamerson Lima
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
BELLENTANI, Lúcio Antônio. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Luiza Giandalia, Julia Gumieri em 27/02/2019.