Resumo da entrevista
A entrevistada compartilhou informações a respeito do Projeto Museológico aplicado ao Memorial da Resistência de São Paulo no ano de 2007, discorrendo sobre os vários processos envolvidos. Enquanto museóloga integrou uma equipe multidisciplinar, contribuindo com o desenvolvimento do Programa Museológico da instituição, embasado pelo conceito da sociomuseologia. Segundo Cristina, o processo de transição do Memorial da Liberdade para o Memorial da Resistência procurou atender as demanda de ex-presos políticos que reivindicavam transformações conceituais e estruturais no espaço. O projeto tinha como conceito norteador o termo “Resistência”, fazendo dos ex-presos protagonistas do discurso museológico e da exposição de longa duração. A fim de avaliar as linhas de ações museológicas implantadas, foi realizado um diagnóstico institucional, que apresentou um quadro referencial de potencialidades e problemas. Finalmente, desenvolveu-se o Plano Museológico, que indicava um futuro para a instituição visando a conquista de sua autonomia a partir da elaboração de fases e metas estruturantes. Versou ainda sobre a coexistência entre o acervo de arte da Estação Pinacoteca e o Memorial da Resistência e sobre como essa questão foi mediada interna e externamente. Além disso, tratou sobre a importância da participação do Memorial na Rede Latinoamericana de Sítios de Memória, compartilhando as experiências que envolvem o trato de temáticas sensíveis e dolorosas. Por fim, apontou quais seriam a seu ver, os maiores desafios e conquistas do Memorial da Resistência de São Paulo após completar sete anos de existência.
