Largo General Osório, 66
Santa Ifigênia, São Paulo, SP
Telefone: 55 11 3335-5910
Entrada Gratuita
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças), das 10h às 18h
faleconosco@memorialdaresistenciasp.org.br

Memorial da Resistência lança materiais sobre Educação em Direitos Humanos

Cadernos de Experiências reúnem práticas organizadas a partir das vivências do Programa de Ação Educativa do museu.

Os dois primeiros volumes da série Cadernos de Experiências já estão disponíveis! Curso Intensivo de Educação em Direitos Humanos: Memória e Cidadania e Educar, Contar e Brincar para Resistir: A Ditadura Militar e o Direito da Criança à Memória e à Verdade reúnem práticas de Educação em Direitos Humanos organizadas a partir das vivências e conhecimentos adquiridos pelo Programa de Ação Educativa do museu.

Com as experiências de cursos promovidos pelo Memorial como base, os materiais pretendem subsidiar educadores com ferramentas para o ensino formal e não formal de temas ligados aos direitos humanos, além de responder às expectativas, angústias e interesses dos profissionais que atuam na área da educação e da cultura, enfrentando os desafios postos pelo trabalho com temáticas sensíveis.

Acesse os materiais abaixo:

Desenhos para o caderno de experiências “Curso Intensivo de Educação em Direitos Humanos: Memória e Cidadania”. | João Galera.

Curso Intensivo de Educação em Direitos Humanos: Memória e Cidadania

O material de apoio foi elaborado a partir de um dos eixos que compõem o Curso Intensivo de Educação em Direitos Humanos: o saber experiencial, que enfatiza a vivência cotidiana e a experiência profissional aliada à vida pessoal. O curso é oferecido desde 2012, aliado a outros dois eixos orientadores que compõem a formação docente em Direitos Humanos: o saber curricular, composto pelo arcabouço teórico que compreende conteúdos formais e específicos sobre o tema (conceituais, históricos, filosóficos e normativos) e o saber pedagógico, composto por metodologias educativas.

No decorrer de suas várias edições, os grupos de trabalho (GT) e as oficinas de projetos desenvolvidas pelos participantes sempre apresentaram reflexões potentes que poderiam ser ampliadas para além do processo de ensino e aprendizagem propiciado pelo curso. Diante dos novos desafios postos pela pandemia do Covid-19, nasce a ideia de sistematização dessas atividades, regadas sempre por trocas de afeto decorrentes de ações em direitos humanos. Foram, portanto, os próprios alunos do curso, com base em suas experiências de trabalho, em seus interesses temáticos e no compartilhamento de conhecimentos, que propuseram as atividades deste caderno de experiências.

Os projetos trazem temas e recortes estreitamente relacionados com os problemas da sociedade brasileira, especialmente em relação às violações dos direitos humanos na contemporaneidade, e traçam possibilidades de conscientização e enfrentamento dos obstáculos encontrados no exercício da cidadania pelo voto, no universo do trabalho, no combate às fake news e ao racismo, nas questões relacionadas ao respeito aos indígenas e a suas demandas, nas esferas do meio ambiente, da insegurança e da soberania alimentar, no acesso à informação e à participação social, na comunicação não violenta e na formação docente em relação à diversidade, entre outras áreas temáticas.

Ilustrações para o caderno de experiências “Educar, Contar e Brincar para Resistir: A Ditadura Militar e o Direito da Criança à Memória e à Verdade” | Cibele Lucena.

Educar, Contar e Brincar para Resistir: A Ditadura Militar e o Direito da Criança à Memória e à Verdade

O curso Educar, Contar e Brincar para Resistir: a Ditadura Militar e o Direito da Criança à Memória e à Verdade nasceu a partir do desafio posto pelo professor universitário Cleber Santos Vieira, que conhecia as atividades lúdicopedagógicas com jogos e contação de histórias desenvolvidas pelo Memorial e destinadas a crianças de 6 a 10 anos. A proposta era desenvolver um curso de extensão destinado aos alunos do curso de licenciatura em história, com vistas a apresentar alternativas lúdicas para o trabalho com temas relacionados à ditadura militar, com o ensino de história e com os direitos humanos a partir do recorte ao direito da criança à memória e à verdade.

O desafio foi prontamente aceito pela equipe do educativo, que entende que a formação junto a multiplicadores, professores, educadores e estudantes universitários é fundamental para o desenvolvimento de projetos interdisciplinares, visando à ampla discussão sobre as temáticas tratadas pelo Memorial. Assim, o caderno de experiências foi organizado a partir de um processo dialógico entre o Memorial e o seu público. O material funciona como registro do trabalho desenvolvido. Os conteúdos apontados e as propostas de atividades elencadas estão embasadas no conteúdo programático das cinco edições do curso.

O material propõe reflexões sobre a Educação em Direitos Humanos e as formas como a instituição aplica ferramentas lúdicas para aproximar o público infantil da temática da ditadura civil-militar e dos direitos humanos; apontamentos sobre as obras de literatura infanto-juvenil que trabalham com ambas as temáticas; um arrazoado sobre a experiência do curso Educar, Contar e Brincar para Resistir; e, por fim, sugestões de atividades a serem aplicadas e adaptadas a partir de técnicas de contação de histórias para segmentos da educação formal e não formal, ampliando as possibilidades de discussão sobre direitos humanos.

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