Biografia
Foi sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, mas um ano após o golpe militar, Alberi já participava da resistência junto ao coronel Jefferson Cardim de Alencar Osório na Guerrilha de Três Passos. Condenado pela Justiça Militar, cumprira pena de oito anos. No relatório Final da Comissão da Verdade do Paraná, algum tempo depois Alberi é recrutado pela repressão, atuando como colaborador no Centro de Informações do Exército (CIE). Circulando entre Brasil, Argentina e Chile, sua missão seria atrair militantes da VPR, convencendo-os a retornar ao Brasil para uma suporta atuação em foco guerrilheiro na região de Foz do Iguaçu. Em julho de 1974, participando da Operação Juriti, foi o responsável por atrair um grupo da VPR para o que ficou conhecida como Chacina do Parque Nacional. Anos mais tarde, Alberi se tornou fazendeiro em Rondonópolis/MT. Mas, ao saber da morte de um dos irmãos decidiu voltar ao Paraná, não sem antes, de acordo com seus familiares, ter escrito um dossiê com cerca de 50 páginas datilografadas no qual revelava os nomes dos assassinos do irmão, detalhes de suas passagens pela prisão e informações sobre a Guerrilha de Três Passos. Alberi Vieira dos Santos, agente infiltrado ex-sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, terminou assassinado em 11 de fevereiro de 1979 com quatro tiros disparados por pistola privativa do Exército. Seu corpo foi encontrado na estrada que liga Medianeira ao município de Missal, no Paraná. O dossiê que estava com ele desapareceu e nunca foi encontrado.
