Artur Falcão Dizeu
Nome completo
Artur Falcão Dizeu
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Policial civil que servia no Departamento de Ordem Política e Social de Pernambuco (DOPS/ PE). Era, na ocasião, o responsável pela custódia de Anatália de Souza Melo Alves no DOPS/PE quando de sua morte sob tortura em 1973. Após sua morte, foi oficialmente divulgada a falsa versão de suicídio. A versão apresentada pelos órgãos de segurança, em ofício produzido pela Delegacia de Segurança Social de Pernambuco, Anatália teria se enforcado com a tira de sua bolsa enquanto tomava banho nas dependências da própria delegacia, ocasião em que estava sob a vigilância do agente policial Artur Falcão Dizeu. “Segundo relatou o agente, passados 20 minutos dentro do banheiro, o policial teria estranhado a demora e, após bater várias vezes, teria arrombado a porta, deparando-se, em seguida, com ela morta com a alça da bolsa envolvendo o seu pescoço. Segundo Artur Falcão, ele teria pedido ajuda a Genival Ferreira da Silva e Amilton Alexandrino dos Santos.” O laudo pericial produzido pelo Instituto de Polícia Técnica (IPT) de Pernambuco confirma que a morte de Anatália teria sido causada por asfixia por enforcamento. A militante foi sepultada sem que a família tomasse conhecimento e sem que lhes fosse entregue a certidão de óbito. Localizada posteriormente no Cemitério de Santo Amaro em Recife (PE), seu corpo já tinha sido exumado e depositado em urna lacrada, supostamente contendo os restos mortais de Anatália. O corpo foi entregue aos seus familiares em 1975, com a recomendação de que não a abrissem em nenhuma circunstância. A CNV indicou que os restos mortais de Anatália carecem, ainda, de plena identificação, assim como recomenda a retificação do atestado de óbito.