Ary Cabrera Prates
Nome completo
Ary Cabrera Prates
Cronologia
1931-1976
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Mortos e desaparecidos políticos | Perseguidos políticos | Presos políticos
Profissão
Perfil de Atuação
Assuntos: Organizações
Biografia
Ary Cabrera Prates nasceu em 10 de setembro de 1931, em Rivera, no norte do Uruguai, na fronteira com a cidade brasileira de Livramento. Estudou carpintaria na Universidade do Trabalho do Uruguai (UTU) e exerceu essa atividade profissionalmente. Mais tarde, ingressou no Banco do Brasil, trabalhou como bancário e iniciou sua militância na Asociación de Empleados Bancarios del Uruguay (AEBU), motivo pelo qual se tornaria visado pelos órgãos de repressão. Documento do Ciex, de 12 de julho de 1968, revela que Ary Cabrera foi preso pela primeira vez durante uma reunião com “cinquenta e um bancários e um professor de ensino médio” que acontecia na escola pública 171, em “Villa Garcia, no km 21 do Camino Maldonado, Montevidéu”, no dia 29 de junho de 1968, quando foi conduzido para o 4º Batalhão de Infantaria. Outro documento do Ciex, de 12 de julho de 1968, confirma a detenção de Ary Cabrera e de dois colegas do Banco do Brasil, Ruben Júlio Vaneiro Roso e Luis Alberto Chemi de Mello, “que teriam sido posteriormente liberados”. Dois anos depois, em 1970, foi preso novamente enquanto trabalhava, acusado de continuar sua atividade no AEBU. Em 1973, já sob vigilância permanente, mudou-se para Buenos Aires, onde começou a militar na organização Resistencia Obrera Estudiantil (ROE). Em julho de 1975, participou do congresso de formação do Partido de la Victoria del Pueblo (PVP), em Buenos Aires. Conhecido na militância com os codinomes de “Brasileño”, “Juan”, “El Viejo”, “Dorrego” e “Lavalleja”, desapareceu na capital portenha em 5 de abril de 1976, com 44 anos. Ary Cabrera Prates desapareceu no dia 5 de abril de 1976, depois de ter sido detido por efetivos combinados do Exército argentino e forças de segurança uruguaias na sua casa, à rua H. Alméria, nº 719, em Tropezon, província de Buenos Aires. O desaparecimento foi denunciado na Argentina por sua filha, Adriana Cabrera, à Comisión Nacional sobre la Desaparición de Personas (Conadep). Ary Cabrera Prates passou pelo centro clandestino de detenção Automotores Orletti, localizado em uma oficina mecânica na rua Venancio Flores, 3521, bairro Floresta, em Buenos Aires. Nesse centro – que era comandado pelo general Otto Paladino, então chefe da Secretaría de Inteligencia de Estado (Side), em coordenação com o Exército argentino e militares uruguaios –, Cabrera foi possivelmente torturado. Segundo o relatório Conadep, Ary Cabrera foi possivelmente uma das vítimas do “voo da morte” da Argentina para o Uruguai, em 5 de outubro de 1976, no qual os presos políticos eram sedados e lançados nas águas do Rio da Prata.
Ano(s) de prisão
1968
Assuntos: Eventos
Assuntos Temáticos
ATOS DE RESISTÊNCIA | DITADURA CIVIL - MILITAR NA ARGENTINA | DITADURA CIVIL - MILITAR NO URUGUAI | HISTÓRIA DA ARGENTINA | HISTÓRIA DO URUGUAI | MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS | ORGANIZAÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS > MOVIMENTO SINDICAL | VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS > OCULTAÇÃO DE CADÁVERES | ORGANIZAÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS | UNIDADES DE DETENÇÃO E TORTURA | VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS