Átila Rohrsetzer
Nome completo
Átila Rohrsetzer
Cronologia
1931
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Instituições estatais | Organizações clandestinas da repressão
Biografia
Coronel do Exército. Chefiou o serviço de informações do comando do III Exército desde sua criação, em 1967, até 1969. Em 1970 e 1971, chefiou a Divisão Central de Informações (DCI), órgão com funções equivalentes aos Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), que atuava em parceria com as áreas de segurança e informações do III Exército, sendo, porém, formalmente subordinado à Secretaria de Segurança Pública do estado do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre as chefias da Divisão Central de Informações (DCI), com a missão de centralizar as ações de combate a grupos insurgentes, eram exercidas por delegados de polícia e policiais militares. A DCI só fazia análise e informações, enquanto os interrogatórios e as ações de combate eram executados pelo DOPS/RS. Em 1974 e 1975, Áttila Rohrsetzer organizou o DOI-CODI do III Exército sob a chefia do coronel João Oswaldo Leivas Job, primeiro chefe desse destacamento. Além disso, foi um dos mentores do “Dopinha” – local clandestino de tortura e desaparecimento instalado no centro de Porto Alegre. Em 1967 foi denunciado na comissão parlamentar de inquérito da Assembleia Legislativa do estado do Rio Grande do Sul que investigou o “caso do sargento das mãos amarradas”. Motivo pelo qual, em 1973, no auge da repressão política, a viúva Elizabeth Chalupp Soares ajuizou ação requerendo pensão, ressarcimento pela União das despesas do funeral e indenização por danos materiais e morais. Além do major Menna Barreto, apontou o então capitão de Infantaria Áttila Rohrsetzer como responsável pela morte de seu marido Manoel Raimundo. Está na lista dos 13 agentes do Estado brasileiro citados pelo procurador Giancarlo Capaldo, responsáveis pelo desaparecimento forçado dos ítalo-argentinos Horacio Domingo Campiglia Pedamonti (1980), no Rio de Janeiro, e Lorenzo Ismael Viñas Gigli (1980), na fronteira de Paso de los Libres (Argentina) e Uruguaiana (Brasil). Recebeu a Medalha do Pacificador com Palma em 1971.