Aurélio de Lira Tavares
Nome completo
Aurélio de Lira Tavares
Cronologia
1905-1998
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Nascido em uma família de políticos, seu pai, tio e irmãos ocuparam diversos cargos públicos no estado e no governo federal. Lira Tavares formou-se no Colégio Militar em 1922 e no ano seguinte sentou praça na Escola Militar do Realengo, saindo em dezembro de 1925 aspirante-a-oficial da arma de engenharia. Nessa ocasião recebeu da Missão Militar Francesa os prêmios de tática geral e de história militar. Em dezembro de 1929 bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, diplomou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica. Em abril de 1932 matriculou-se na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), tornando-se posteriormente instrutor dessa escola. Em abril de 1942 passou também a instrutor de tática geral da Escola de Estado-Maior (ESM). Em março de 1943 passou a atuar como observador militar do Exército brasileiro junto às forças norte-americanas envolvidas na Segunda Guerra Mundial, nas operações de invasão do norte da África. Entre julho e agosto do mesmo ano cursou ainda a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército norte-americano em Fort Leavenworth, Estados Unidos. Retornando ao Brasil, foi nomeado em outubro de 1943 membro do Estado-Maior Especial encarregado da organização da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Em 1946 assumiu a subchefia da missão militar brasileira junto ao Conselho de Controle Aliado na Alemanha, durante a ocupação daquele país. Esse conselho havia ficado encarregado de fiscalizar a economia e a desmilitarização da Alemanha depois da guerra. Permaneceu na Alemanha até 1949, quando a missão militar brasileira foi extinta. Retornando ao Brasil seguiu ascendendo nos postos da Aeronáutica. No governo João Goulart, já como general-de-divisão, foi nomeado primeiro subchefe do Estado-Maior do Exército (EME), então sob a chefia do general Humberto de Alencar Castelo Branco. Nesse período, o EME era o centro da conspiração que resultou na deposição do presidente João Goulart. Em outubro de 1964 tornou-se comandante do IV Exército, sediado em Recife, sendo promovido no mês seguinte a general-de-exército, sendo também, por curto período de tempo, comandante da Escola Superior de Guerra (ESG). Em 1967 assumiu o cargo de ministro do Exército a convite do presidente da República, general Artur da Costa e Silva, sendo um dos signatários do AI-5, em dezembro de 1968. Quando Costa e Silva ficou afastado em 31 de agosto de 1969, por doença, foi substituído interinamente por uma junta formada por Lira Tavares e pelos outros dois ministros militares. Com a posse de Médici em 30 de outubro de 1969, Lira Tavares foi substituído no Ministério do Exército pelo general Orlando Geisel. Em 1970 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira nº 20 na vaga de Múcio Leão. Em junho seguinte foi nomeado embaixador do Brasil na França, em substituição a Olavo Bilac Pinto. Permaneceu nesse posto até dezembro de 1974, quando foi substituído por Antônio Delfim Neto. Ao longo de sua vida, Lira Tavares foi ainda membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.