Aylton Adalberto Mortati
Nome completo
Aylton Adalberto Mortati
Cronologia
1946-1971
Gênero
Masculino
Codinome
Humberto | Romualdo | Erico | Tenente | Oscar | Eduardo Janot Pacheco
Perfil histórico
Mortos e desaparecidos políticos | Perseguidos políticos | Presos políticos
Profissão
Perfil de Atuação
Assuntos: Organizações
Movimento de Libertação Popular | Ação Libertadora Nacional | União Nacional dos Estudantes | Organizações estudantis universitárias
Biografia
Nascido no interior do estado de São Paulo, em Catanduva, Aylton Adalberto Mortati ingressou no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR-SP) e chegou ao posto de segundo-tenente do Exército no ano de 1968, quando tornou-se oficial da reserva. No mesmo ano ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, onde começou a atuar no movimento estudantil. Foi preso durante o 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), realizado em outubro de 1968 na cidade de Ibiúna (SP), e permaneceu detido durante sete dias no Presídio Tiradentes, em São Paulo. Após a prisão, passou a militar na Ação Libertadora Nacional (ALN), período em que passou a viver na clandestinidade, sob os codinomes de Humberto, Romualdo, Erico, Tenente, Oscar e Eduardo Janot Pacheco. Em 4 de novembro de 1969, na companhia de outros oito militantes da ALN, participou do sequestro de avião da Varig, que foi desviado do trajeto Buenos Aires-Santiago para Cuba, onde Aylton realizou treinamento de guerrilha. Regressou clandestinamente ao Brasil em 1971, como dirigente do Movimento de Libertação Popular (Molipo), uma dissidência da ALN. Aylton Mortati foi visto pela última vez no dia 4 de novembro de 1971, quando foi preso por agentes do DOI-CODI/SP, durante a operação de “estouro” de um aparelho situado à rua Cervantes, n° 7, em São Paulo (SP), em circunstâncias ainda não esclarecidas totalmente. Mortati foi preso com José Roberto Arantes de Almeida, também militante da Molipo. Alguns presos políticos, como Paulo de Tarso Venceslau e José Carlos Gianini, relataram, em depoimento à Justiça Militar, que Aylton foi morto nas dependências do DOI-CODI/SP. Na apostila sobre neutralização de aparelhos que elaborou, o comandante do DOI-CODI/SP, major Carlos Alberto Brilhante Ustra, ao citar o caso da rua Cervantes, mencionou apenas a morte de José Roberto Arantes de Almeida, e não a de Aylton. No início da década de 1990, com a divulgação do relatório do Ministério da Aeronáutica encaminhado ao ministro da Justiça em 1993, apareceram os primeiros indícios das circunstâncias que culminaram no desaparecimento de Aylton. O relatório informava: “neste órgão consta que foi morto em 4/11/1971, quando foi estourado um aparelho na rua Cervantes, n° 7, em São Paulo. Na ocasião usava um passaporte, em nome de Eduardo Janot Pacheco”. A Comissão Nacional da Verdade localizou documento que explicita a intenção do regime de executar militantes recém-chegados de Cuba, notadamente de integrantes do Molipo, como Mortati. Trata-se do Relatório sobre a “Operação Ilha”, produzido pelo CIE e distribuído pela Agência Central do SNI no dia 2 de maio de 1972. De acordo com o documento, “é vital a eliminação desses elementos antes que consigam se firmar, e quando sua vulnerabilidade é máxima”. Em 2011, o Ministério Público Federal instaurou procedimento investigatório criminal para apurar as circunstâncias e autorias do sequestro e desaparecimento de Aylton Adalberto Mortati.
Ano(s) de prisão
1968 | 1971
Tempo total de encarceramento (aprox.)
7 dias
Cárceres
Assuntos: Eventos
Assuntos: Lugares
Assuntos Temáticos
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