Benoni de Arruda Albernaz
Nome completo
Benoni de Arruda Albernaz
Cronologia
1933-1993
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Capitão do Exército. Entre 1969 e 1971 serviu no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército, em São Paulo, integrando o órgão antes mesmo de sua oficialização – quando funcionava em caráter experimental como Oban. A Oban foi inicialmente instalada em dependências do 2o Batalhão de Reconhecimento Mecanizado (na rua Manoel da Nóbrega, no 887) e da Polícia do Exército, mas logo teve sua sede transferida para parte das dependências do 36o Distrito Policial (na rua Tutoia, no 921), todos em São Paulo. Sem previsão orçamentária, a Oban recorreu à iniciativa privada e a entidades públicas para organizar-se, solicitando auxílio financeiro, material (equipamentos, viaturas, mobiliário, armamentos) e de pessoal. Ainda 1969, Benoni de Arruda Albernaz foi um dos torturadores de Virgílio Gomes da Silva. Levado para a sede da Oban, Virgílio foi torturado com os pulsos algemados às costas. Em janeiro de 1970, quando da prisão de Dilma Rousseff, o capitão Benoni de Arruda Albernaz era o chefe da equipe A de interrogatório preliminar da Oban. Em 1972, também torturou o preso político Gilberto Natalini. Albernaz também foi um dos torturadores de Frei Tito quando o dominicano foi submetido a 40 dias de tortura pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury, do DOPS/SP, sendo transferido para o presídio Tiradentes e, em 17 de dezembro de 1969 foi levado para a sede da Oban, onde foi novamente torturado, dessa vez pelo capitão Benoni de Arruda Albernaz. Também de acordo com o documento intitulado “Aos bispos do Brasil”, assinado pelo Comitê de Solidariedade aos Presos Políticos do Brasil, José Maria Ferreira de Araújo, o Aribóia, foi torturado pela equipe do capitão Benoni de Arruda Albernaz. Assassinado em 1970 pelos órgãos de repressão, Aribóia foi enterrado no cemitério da Vila Formosa sob identidade falsa e as versões apresentadas em documentos oficiais a respeito das circunstâncias de sua morte são contraditórias. Passou para a reserva como major ainda nos anos 70 e em 1984 foi preso em São Paulo acusado de estelionatário.