Carlos Alberto Augusto
Nome completo
Carlos Alberto Augusto
Cronologia
1944
Gênero
Masculino
Codinome
Carlinhos; Carlos Metralha; Metralha; Carteira Preta
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Instituições estatais | Organizações clandestinas da repressão
Biografia
Delegado de polícia que serviu no Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP), sendo conhecido como "Carteira Preta" e "Carlinhos Metralha". Ao longo da década de 1970, integrou a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury, inclusive no Esquadrão da Morte. Apesar de ser uma unidade policial, o Deops/SP não tinha uma hierarquia rígida, mesmo no período mais duro da repressão. O caso de Fleury é emblemático, pois ele, na prática, não respondia à sua chefia formal, o diretor-geral do departamento. Trabalhava por conta própria, diretamente ligado aos órgãos federais, sobretudo o DOI-CODI/II Exército e o Cenimar. Da mesma forma, os membros de sua equipe estavam fora da hierarquia do Deops/SP e deviam responder somente a ele, Fleury. Daí a confusão constante que faz com que se pense que Fleury tenha sido diretor-geral do Deops/SP. Na equipe de Fleury, atuava Carlos Alberto Augusto, Henrique Perrone, João Carlos Tralli, Adhemar Augusto Pereira, José Carlos Campos Filho e Massilon Bernardes Filho. Carlos Alberto Augusto era, então, agente da repressão subordinado a Ustra e Fleury, trabalhando na Polícia Civil de São Paulo. Foi investigado pela Comissão da Verdade paulista e é um dos últimos remanescentes da "tigrada" – agentes da repressão ainda atuantes no serviço público. É acusado de envolvimento em desaparecimentos e torturas, tendo ajudado a organizar a mais sangrenta chacina do período: o massacre da chácara São Bento, em Pernambuco, em 1973. Hoje, Augusto é delegado de segunda classe no DEIC (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), investigando crimes contra o patrimônio. Carlos Alberto Augusto é réu, junto com Carlos Alberto Brilhante Ustra e Alcides Singillo, em ação penal ajuizada pelo MPF em São Paulo em 17 de outubro de 2012 (Processo no 0011580-69.2012.403.6181), acusados de “privar ilegalmente a vítima Edgard de Aquino Duarte de sua liberdade, mediante sequestro cometido no contexto de um ataque estatal sistemático e generalizado contra a população, tendo eles pleno conhecimento das circunstâncias desse ataque”. Convocado para prestar depoimento à CNV, não foi localizado.