Cecil de Macedo Borer
Nome completo
Cecil de Macedo Borer
Cronologia
1913-2003
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Autoria direta | Gestão de estrutura utilizada pela repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Delegado de polícia. Em 1932, aos 18 anos Borer foi recrutado para compor a Polícia Especial do governo de Getúlio Vargas, transformando-se agente do serviço secreto do antigo Distrito Federal. No contexto, foi destacado para o quadro móvel, eufemismo para o serviço de inteligência (espionagem) do governo. Em 1934 passou a chefe de sindicância e investigações. Foi o responsável pela prisão no começo dos anos 1930 do então estudante Carlos Lacerda por panfletagem; pelo recrutamento, como agentes duplos, de militantes comunistas após o levante de 1935; pela detenção e interrogatório de integralistas em 1938 e de nazistas na década de 40. Borer ainda hoje defende a extradição na qual, em 1936, Vargas entregou a judia e comunista Olga Benário, mulher de Luís Carlos Prestes, ao governo nazista da Alemanha, que a mataria num campo de concentração. "Agora todos condenam", diz. "Na ocasião, não havia por que não atender o pedido de extradição da Alemanha." Borer esteve com Olga na rua da Relação, onde ela ficou presa dez dias. Já no contexto do golpe de 1964 era Diretor do Departamento de Ordem Política e Social do então estado da Guanabara (DOPS/GB) e foi o responsável por espionagem em organizações revolucionárias e sindicatos, sendo também o responsável pela caçada de militantes de esquerda e partidários do governo João Goulart nos meses posteriores ao golpe. Também atuou na prisão ilegal, no Rio de Janeiro, de nove funcionários da República Popular da China. Em 1965 aposentou-se como diretor do Dops da Guanabara passando ao ramo das empresas de Segurança Privada do Estado do Rio. No fim do regime militar esteve vinculado a grupos de extrema direita responsáveis, no início da década de 1980, por atentados a bomba, inclusive o do Riocentro.