Dalmo Lúcio Muniz Cyrillo
Nome completo
Dalmo Lúcio Muniz Cyrillo
Cronologia
1934-2002
Gênero
Masculino
Codinome
Major Hermenegildo; Garcia; Lácio
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Autoria direta | Gestão de estrutura utilizada pela repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Coronel do Exército. Também referenciado como Dalmo Luiz Cirillo. Foi subcomandante da Operação Bandeirante (Oban), chefiando uma de suas equipes de interrogatório. Em testemunho à CNV José Barros Paes confirmou que, para montagem do aparato repressivo, foi necessário pedir a colaboração do empresariado. Muitos se prontificaram a ajudar, financiando a aquisição de armamentos, aparelhos de comunicação, equipamentos de escuta, munição e viaturas para as equipes. Quando da legalização da Oban, Cyrillo compôs o quadro de oficiais alocados no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército. Esteve no DOI-Codi /SP entre setembro de 1969 e fevereiro de 1976, sendo chefe em 1971 do Setor de Buscas. Neste período, é acusado da morte de Joaquim Alencar de Seixas, dirigente do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT). Sobre a Oban, a CNV esclarece alguns pontos organizacionais: a Oban operava a partir de um Centro de Coordenação composto pelos comandantes do II Exército, da 2a Região Militar, da 2a Divisão de Infantaria, do 6o Distrito Naval, da 4a Zona Aérea, pelo diretor do DOPS, pelo secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, pelo superintendente de Polícia Federal de São Paulo e pelo chefe da agência São Paulo do SNI. Esse Centro de Coordenação funcionava em três áreas: Central de Operações, Central de Difusão e Central de Informações, sendo que esta contava com uma Coordenação de Execução. Era a Coordenação de Execução que respondia, sob determinação dos escalões superiores, por ações de prisões ilegais, interrogatórios, torturas, execuções e desaparecimento forçado de militantes. O então capitão de artilharia Dalmo Lúcio Muniz Cyrillo foi chefe de uma das equipes de interrogatório preliminar e depois chefiou equipe da Coordenação de Execução. Após sua passagem pelo DOI-Codi/SP, Cyrillo foi transferido para a 4a Região Militar. Recebeu a Medalha do Pacificador em 1969 e a Medalha do Pacificador com Palma em 1972.