Eni de Oliveira Castro
Nome completo
Eni de Oliveira Castro
Cronologia
1929-1998
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Coronel do Exército. Comandante do 10o Batalhão de Caçadores em Goiânia (GO), atual 42o Batalhão de Infantaria Motorizada. Participou da repressão à Guerrilha do Araguaia, tendo responsabilidade pela ocorrência de tortura e de execuções. No caso Ismael Silva de Jesus, por exemplo: preso em 8 de agosto de 1972 e levado para o então 10o Batalhão de Caçadores (10o BC) de Goiás, morreu dias depois. Em outubro de 2013, em audiência pública da CNV realizada em Goiânia sobre o caso Ismael, o irmão da vítima entregou fotografias feitas logo após a morte de Ismael, que mostram as lesões de tortura e tentam desfazer a versão oficial de suicídio. O sentinela Aguinaldo Lázaro Leão servia no 10o BC quando Ismael esteve preso. Leão era militante do PCB e amigo de infância e vizinho de bairro de Ismael. Durante seu turno de sentinela no Batalhão, Leão teve a oportunidade de falar com o amigo quando ele esteve preso: “Ele me contou que estava com o braço quebrado e que havia sido torturado, mas pediu que eu não dissesse aos pais dele todos os detalhes, pois estava preocupado com a segurança deles, caso eles fossem cobrar informações no quartel. Essa não parece ser a preocupação de alguém que fosse se matar”. Aguinaldo Lázaro contou ainda que, por conta da amizade com Ismael, foi encapuzado, agredido, acareado com o amigo e reconheceu sua voz. Depois disso, ficou preso no Pelotão de Investigações Criminais (PIC), em Brasília. Na mesma audiência pública, foram apontados como autores de tortura e outras práticas de graves violações de direitos humanos, no 10o BC: Eni de Oliveira Castro, coronel do Exército, comandante do 10o BC; Rubens Robine Bizerril, major do Exército, oficial da 3a Brigada de Infantaria Motorizada (GO); capitão Aílton, capitão do Exército lotado no 10o BC; capitão Dourado, capitão do Exército lotado no 10o BC; sargento Marco, sargento do Exército lotado no 10o BC; Clemilton, oficial da Polícia Federal de Goiânia; e Xavier, agente policial que atuava no 10o BC.