Ênio de Albuquerque Lacerda
Nome completo
Ênio de Albuquerque Lacerda
Cronologia
1929-1998
Gênero
Masculino
Codinome
Lacerda
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Autoria direta | Gestão de estrutura utilizada pela repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Foi comandante da 1a companhia de Polícia do Exército, na Vila Militar do Rio de Janeiro, de maio de 1968 a julho de 1971, período em que ocorreram na unidade os casos de morte sob tortura de Eremias Delizoicov, Severino Viana Colou e Chael Charles Schreier. Serviu no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I Exército de abril de 1972 a junho de 1974. No caso Eremias: Em 16 de outubro de 1969, Eremias Delizoicov, militante da VPR, foi morto em casa por agentes da PE. Versão oficial, divulgada no dia seguinte, informou que um aparelho havia sido denunciado por “jovem de uns 20 anos presumíveis que se encontra preso na Vila Militar”, e cuja identidade “está sendo mantida em sigilo”. Com essa informação, agentes da PE, comandados pelo então major Ênio de Albuquerque Lacerda, cercaram a casa e jogaram uma granada no interior do “aparelho”, para provocar a rendição e saída dos que ali se encontravam. Foi então que o “elemento” respondeu a tiros e feriu três agentes, motivo pelo qual foi fuzilado, conforme noticiou o Jornal da Tarde de 17 de outubro de 1969. Ratificava a versão oficial de confronto com a polícia. Ainda em 1969 Lacerda recebeu a Medalha do Pacificador com Palma em 1969.