Epaminondas Pereira do Nascimento
Nome completo
Epaminondas Pereira do Nascimento
Cronologia
1927
Gênero
Masculino
Codinome
Capinondas
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Capitão da Polícia Militar do estado de Goiás. Delegado de polícia de Rio Verde (GO), conhecido como "Capinondas". Foi denunciado pelo Ministério Público Federal por sua participação em crime de ocultação de cadáver. O caso se refere à morte dos militantes da Molipo, Maria Augusta Thomaz e Márcio Beck Machado. Ambos foram executados na madrugada de 17 de maio de 1973 e sepultados clandestinamente em uma operação que incluiu diversos escalões das forças de segurança dos estados de São Paulo, Brasília e Goiás. O Relatório Final da CNV destaca que uma série de depoimentos e de reportagens evidenciam a execução planejada dos militantes do Molipo com a participação de agentes da Polícia Federal, da FAB, da Polícia Militar de Goiás, da Polícia Civil e do DOI-CODI do II Exército. Os documentos ressaltam a participação, direta ou indireta, do coronel Aníbal Carvalho Coutinho (comandante-geral da PMEGO); coronel Herbert de Bastos Curado (secretário de Segurança Pública de Goiás); tenente-coronel João Dias Filho (comandante do 42o BIMTZ); Bernardino Bochi (superintendente do Departamento de Polícia Federal de Goiás); Eurípedes Pereira Rios (diretor do DOPS/SSP-GO); Epaminondas Nascimento (capitão da PM reformado e delegado de Polícia de Rio Verde); João Rodrigues Pinheiro (Delegado de Polícia de Jataí-GO); coronel Sebastião de Oliveira e Souza (comandante do 2o BPM de Rio Verde); capitão médico Vicente Guerra (“Capitão Guerra”); três agentes da Polícia Federal; Pedro Marinho (agente da PM-2); e Marcus Antônio Brito de Fleury (delegado regional do DPF/GO). CNV também destaca que, depois da execução, o caseiro Eurípedes, os agregados Wanderick Emídio da Silva, João Rosa e o proprietário da fazenda, Sebastião Cabral, foram coagidos por Epaminondas Pereira do Nascimento, a sepultar clandestinamente o casal. Essa afirmação também foi corroborada por depoimentos prestados na década de 1980 pelo proprietário da fazenda, Sebastião Cabral, que destacou que a ordem para sepultar o casal partiu do então delegado de polícia de Rio Verde, Epaminondas Pereira do Nascimento. A CNV questionou Epaminondas em audiência e, apesar de documentos oficiais atestarem a sua presença e participação na cena do crime, ele se limitou a declarar: “Estive lá e vi os cadáveres”, se recusando a dar mais informações sobre o caso.