Ernani Ayrosa da Silva

Biografia

General de Divisão. Foi chefe do Estado-Maior do II Exército, em São Paulo, de abril de 1969 a janeiro de 1971. Deste período Relatório Final da CNV destaca que a partir de maio de 1969, tornou-se comandante do II Exército o general José Canavarro Pereira, enquanto o general Ernani Ayrosa da Silva era o chefe de Estado-Maior. Durante o tempo em que esteve à frente do Estado-Maior do II Exército, foi um dos principais responsáveis pelo combate integrado à “subversão” em São Paulo. Em 1970 chefiou a Operação Registro, que reprimiu atividade guerrilheira da VPR no vale do Ribeira (sul de São Paulo e leste do estado do Paraná), na qual foram realizados também bombardeios com napalm sobre a população quilombola e indígena da região.
Além disso é importante também destacar que Ernani é um dos ideólogos da Oban, ao conseguir aprovação de todos os órgãos de segurança atuantes no Estado para um plano de combate à subversão. No plano, cada órgão deveria selecionar, internamente, agentes a serem cedidos para atuar na nova configuração. O nome, Operação Bandeirantes, evocava a saga de paulistas do século XVII. O comando da operação era do II Exército, que chefiava o Centro de Coordenação, a partir do qual se articulavam a Central de Informações, cujo titular era o chefe do Estado-Maior (EM) do II Exército, e a Central de Operações, de responsabilidade do subchefe do EM/II Exército. Nessas três coordenações distribuíam-se oficiais e agentes do II Exército e também de diversos órgãos, como a 4a Zona Aérea (hoje denominado IV Comando Aéreo Regional − Comar), 2a Divisão de Infantaria, Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) – DOPS/SP, Força Pública do Estado de São Paulo (FPESP) e Guarda Civil – e SNI. O diretor do DOPS/SP e o chefe da agência São Paulo do SNI eram membros da Central de Informações. Ernani foi ainda comandante militar da Amazônia e da 12a Região Militar, de abril de 1976 a dezembro de 1977; chefe do Estado-Maior do Exército, de junho de 1979 a maio de 1981.