Ernesto Milton Dias
Nome completo
Ernesto Milton Dias
Cronologia
1936
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Delegado de polícia que serviu no Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (DOPS/SP) entre a década de 1960-70. Teve participação em caso de execução e foi investigado como elemento do Esquadrão da Morte. Em 1984 teve passagem pelo 3o Distrito Policial, localizado na Rua Aurora, Santa Ifigênia e chefiou o Departamento de Defesa do Consumidor em 1985. Em 1989 foi o primeiro Diretor do Denarc que funcionava na Brigadeiro Tobias - Departamento de Narcóticos da Polícia Civil de São Paulo. Em 1995 é um dos policiais afastados pelo governador após denúncia de ter sido, no contexto da ditadura, um agente da repressão envolvido em torturas e mortes. A acusação de seu envolvimento é feita pelo grupo Tortura Nunca Mais, e o governador Mário Covas instruiu a Secretaria de Segurança a adotar a medida de afastamento. Entre os acusados estavam o diretor do Detran (Departamento de Trânsito), Enos Beolqui, e um de seus assessores, Eduardo Nardi, os delegados Ernesto Milton Dias, da Seccional de Polícia do bairro de Itaquera (zona leste), e Dirceu Gravina, de Indiana (560 km a oeste de São Paulo). Também são citados na relação dos torturadores o delegado Davi de Araújo Santos, assistente do departamento de Polícia Judiciária, e Antonio Nogueira Lara Rezende, além do delegado Aparecido Laerte Calandra, conhecido como “Capitão Ubirajara”. Calandra, até aquele momento, era o único que já havia sido punido pelo governo Covas ao não assumir uma diretoria do Detran, para a qual havia sido indicado no início do governo. Ernesto Milton Dias e Dirceu Gravina são citados como torturadores no livro “Brasil Nunca Mais”, coordenado pela Arquidiocese de São Paulo, e apontados como participantes da tortura e morte de Olavo Hansen.