Félix Freire Dias
Nome completo
Félix Freire Dias
Cronologia
1949
Gênero
Masculino
Codinome
doutor Magro; doutor Magno
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Instituições estatais | Organizações clandestinas da repressão
Biografia
Ex-cabo do Exército. Foi agente do Centro de Informações do Exército (CIE), com atuação no Rio de Janeiro e em Brasília, tendo também cumprido missões na região de Xambioá (PA), sob o comando do major do CIE José Brant Teixeira. Atuava na Casa de Petrópolis (RJ), um dos principais locais de tortura do país, onde era conhecido como doutor Magro ou "doutor Magno". Segundo depoimentos de Marival Chaves à CNV, Dias teve participação em casos de execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. Em depoimento à CNV em 7 de fevereiro de 2014, Marival Chaves confirmou ter ouvido de colegas da época que esse método de esquartejamento de corpos era usado na Casa da Morte, em Petrópolis, e apontou Félix Freire Dias como o principal responsável por esquarteja-los. Marival disse ainda não acreditar que houvesse deslocamento dos cadáveres para outros lugares, sugerindo, no caso da Casa da Morte, que teriam sido ocultados no próprio terreno da casa. Quando ouvido pela CNV, Félix Freire Dias negou as informações de Marival. Segundo Félix Freire, durante todo o tempo em que esteve no Exército brasileiro, ele serviu apenas como porteiro no Rio de Janeiro e como motorista em Brasília. Questionado sobre a alcunha de “esquartejador”, respondeu em oitiva realizada em 31 de outubro de 2013: “Ele está mentindo para os senhores, mande-o provar, pegue ele, arroche ele para ele provar, ele merece levar uma pisa bem dada para poder aprender que está perdendo o tempo dos senhores.” Segundo Marival Chaves, o então cabo do Exército Félix Freire Dias, do CIE, também participou da operação que ficou conhecida como Massacre do Parque Nacional do Iguaçu em 1974. Mesmo ano em que Félix recebeu a Medalha do Pacificador com Palma.