Gentil Marcondes Filho
Nome completo
Gentil Marcondes Filho
Cronologia
1916-1983
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Gentil Marcondes Filho sentou praça em março de 1934, ascendendo aos vários postos da carreira militar, chegando ao coronelato em abril de 1964. Em julho de 1969 tornou-se general e em novembro de 1974 assumiu o comando da 9ª Região Militar em Mato Grosso. Durante o governo de Geisel, Marcondes Filho serviu como chefe do Estado-Maior do II Exército, chefiado pelo general Ednardo Dávila Melo. Nesta época, morreram nas dependências do Centro de Operações para a Defesa Interna (CODI), subordinado a este Exército, o operário Manuel Fiel Filho e o jornalista Vladimir Herzog, gerando intensa crise entre o governo e os setores mais radicais das forças armadas, resultando na demissão do ministro do Exército, Sílvio Frota, e no afastamento do comandante do II Exército. No início de 1979 assumiu o comando do I Exército sediado no Rio de Janeiro. Como parte do atentado do Riocentro, os militares implicados na autoria do ato eram lotados no CODI do I Exército. Marcondes Filho procurou inocentar os seus subordinados, promovendo um inquérito, onde concluiu que os militares haviam sido “vítimas de uma armadilha ardilosamente colocada no carro do capitão”. Segundo o general Otávio Costa, em depoimento ao Centro de Pesquisa e Documentação da História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas (Cpdoc/FGV), o atentado foi provocado por elementos da chamada “linha dura”, militares contrários à abertura política e à anistia. De acordo com esse depoimento, corroborado pelos depoimentos dos generais Adir Fiúza de Castro e Leônidas Pires Gonçalves, Marcondes Filho não só não tivera conhecimento prévio deste atentado, como também sua saúde fora seriamente afetada pelo acontecimento. Marcondes Filho passou para a reserva remunerada no posto de marechal em setembro de 1981.