Geraldo Azevedo Henning
Nome completo
Geraldo Azevedo Henning
Cronologia
1917-1995
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Almirante de esquadra. Geraldo de Azevedo Henning. Seu irmão, Artur de Azevedo Henning, oficial de Marinha, foi governador do Amapá entre 1974 e 1979. Geraldo Henning ingressou na Escola Naval em 1934. Em 1938 embarcou no navio-escola Almirante Saldanha em viagem de instrução ao exterior. Tendo servido em diferentes embarcações e em meados dos anos 1940 foi aprovado nos testes de adaptação em submarinos. Durante a Segunda Guerra Mundial participou do patrulhamento das costas brasileiras e do Atlântico Sul, além de participar do adestramento de navios e aviões para essa tarefa. Em 1948 foi incumbido da missão de construir dois faróis na ilha de Fernando de Noronha. Em 1952 passou a servir no navio-escola Almirante Saldanha e, na sequência, foi designado assistente do chefe do Estado-Maior da Armada (EMA). No ano seguinte iniciou o curso da Escola de Guerra Naval, sendo instrutor da instituição entre 61 e 62. Em 1957 foi destacado para a Junta Interamericana de Defesa (JID), sediada em Washington, como membro do comitê de informações de seu estado-maior. Em 1964, ao lado da imensa maioria dos oficiais da Marinha, apoiou o golpe que depôs o presidente João Goulart e, já em abril, passou a comandar a Flotilha de Submarinos. Comandou também, ao longo de sua carreira vários distritos navais do país. Em 1974 foi convidado por Geisel para assumir o Ministério da Marinha, em momento no qual o governo brasileiro deu bastante ênfase à indústria naval. Seguiu no cargo até 1979, quando deixou a vida pública. Na qualidade de ministro visitou a Argentina com o objetivo, segundo fontes militares, de discutir o estabelecimento de uma estratégia comum de defesa das rotas do Atlântico Sul, consideradas ameaçadas pela influência soviética em Angola. A visita do almirante Henning coincidiu com a dos almirantes James Sagerholm e George Ellis, da Frota do Atlântico Sul dos Estados Unidos. Oficialmente, o motivo da visita dos dois oficiais norte-americanos à capital argentina era estudar os detalhes da Operação Unitas — um exercício conjunto de marinhas de diferentes países do continente.