Heloisa Helena Magalhães
Nome completo
Heloisa Helena Magalhães
Gênero
Feminino
Codinome
Maçã Dourada
Perfil histórico
Perfil de Atuação
Biografia
Heloísa Helena Magalhães foi agente infiltrada/informante do Deops/SP no meio estudantil. Segundo pesquisas, Heloísa, também conhecida como Maçã Dourada, foi recrutada quando trabalhava na Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo. Infiltrada no movimento estudantil, passou a “namorar” o então líder estudantil José Dirceu, que era, em 1968, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) e figura de destaque no movimento estudantil nacional. De acordo com o ex-delegado e ex-chefe da Ordem Política do Deops/SP, João Paulo Bonchristiano, as informações passadas por Heloísa Magalhães foram cruciais para desmantelar o congresso da UNE em Ibiúna realizado em 1968, operação da qual o delegado foi chefe. Sobre a ação de informantes no quadro repressivo, Relatório Final da CNV destaca que, a partir de 1964 foi comum, no Deops/SP, o uso de informantes, destacando exatamente a relação da Maçã Dourada com o Congresso de Ibiúna. Segundo a CNV, no contexto prévio ao Congresso, Bonchristiano relata a existência de alunas de cursos universitários que começaram a comunicar certa movimentação de estudantes. Cita uma delas, sem especificar a identidade, conhecida no órgão como a “Maçã Dourada”, que forneceu informações sobre José Dirceu, importante liderança daquele congresso. Bonchristiano disse que o Deops/SP tinha inúmeros outros informantes na mesma situação que a dela. Como contrapartida, recebiam dinheiro ou presentes. Em alguns casos, nem isso, apenas o direito de serem imediatamente liberados quando presos em manifestações ou atividades ligadas à militância. Sem contar que muitos eram informantes do Deops/SP apenas para considerar-se espiões. Foi por meio desses informantes que o órgão soube da realização, do local e da data do congresso.