Homero César Machado
Nome completo
Homero César Machado
Cronologia
1940
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Coronel do Exército. Foi chefe de equipe de interrogatório da Operação Bandeirante (Oban) em 1969 e 1970. Recebeu a Medalha do Mérito Policial e teve participação em casos de prisão, tortura, execução e desaparecimentos forçado de vários militantes. Convocado pela Comissão Nacional da Verdade, foi ouvido em agosto de 2014. No caso de Virgílio Gomes da Silva, foi preso em 29/9/69 em São Paulo e levado para a sede da OBAN, foi torturado com os pulsos algemados às costas, tendo todo o seu corpo chutado, principalmente a cabeça. Por 15 minutos aproximadamente essas torturas foram presenciadas e seus gritos foram ouvidos por outros presos políticos que lá se encontravam, até que Virgílio desmaiou. Os responsáveis diretos por sua tortura e assassinato são o major do Exército Waldir Coelho, capitão Homero César Machado, capitão Benoni de Arruda Albernaz, capitão Maurício Lopes Lima, capitão Dalmo Luiz Cirilo, delegado “Raul Careca” e outros, sendo que a equipe do capitão Albernaz (capitão PM Coutinho, capitão PM Tomaz, investigador Paulo Rosa, sargento PM Paulo Bordini etc.) foi a principal responsável. Virgílio consta até hoje como foragido na 2ª Auditoria da 2ª CJM de SP. Seus companheiros de prisão fizeram denúncia de sua tortura e morte que consta dos processos 168/69 e 207/69 aforados na já referida 2ª Auditoria. Já Roberto Macarini foi preso em abril de 1970 pelo II Exército - CODI/DOI (OBAN), em cuja sede foi torturado por dois dias consecutivos, sendo seus gritos ouvidos pelos que lá se encontravam detidos. Entre outros, participaram das sevícias o capitão Benoni de Arruda Albernaz, o capitão Homero César Machado e suas respectivas equipes.