Jamil Jomar de Paula
Nome completo
Jamil Jomar de Paula
Cronologia
1951
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Tenente do Exército. Atuava no Serviço de Inteligência do Exército do 1º Batalhão de Fronteiras de Foz do Iguaçu, fronteira do Brasil com o Paraguai e Argentina. Em julho de 1974, o Batalhão deu apoio a um grupo de extermínio que veio do Rio de Janeiro, quando Jamil e outros tenentes participaram do Massacre do Parque Nacional do Iguaçu, quando foram executados e desapareceram os membros do Grupo Onofre Pinto, que contava com Onofre Pinto, Daniel José de Carvalho, Joel José de Carvalho, José Lavecchia, Victor Carlos Ramos e Enrique Ernesto Ruggia. Em 1975, após os assassinatos dos militantes, e contando com a proteção de seus superiores, Jamil Jomar de Paula foi acolhido pela Itaipu Binacional, na Assessoria Especial de Segurança e Informações (AESI), tendo sido indicado pelo coronel José Pereira Guedes. Segundo matéria do Jornal do Brasil, edição de 27/09/76, “ao mesmo tempo em que espionava os moradores das vilas residenciais e as oposições às ditaduras militares do Brasil e Paraguai, ele praticava pequenos roubos, fazia contrabando e tráfico de entorpecentes”. Em 1976, acabou afastado da AESI de Itaipu e foi transferido para a Diretoria de Coordenação da empresa Binacional. Em 1977, cometeu feminicídio ao assassinar a ex-namorada Rejane Mariza Dal Bó, de 16 anos. O assassinato impactou a cidade e Jamil ficou foragido, sendo preso apenas em 1979. Cumpriu parte de sua pena em quartéis do Exército e da Polícia Militar de Curitiba.