João Câmara Gomes Carneiro
Nome completo
João Câmara Gomes Carneiro
Cronologia
1938
Gênero
Masculino
Codinome
Magafa
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Capitão do Exército. Entre 1968 e 1969 servia no 12o Regimento de Infantaria, em Belo Horizonte, e entre 1970 e 1971 atuou no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I Exército, no Rio de Janeiro. Comandava sessões de tortura e era conhecido na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) como Magafa. João Câmara Gomes Carneiro é um dos responsáveis envolvidos na morte e desaparecimento do corpo do militante da AP, Jorge Leal Gonçalves Pereira. Relatório final da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro aponta em depoimentos de Margarida Portella Sollero e Cecília Coimbra informações esclarecedoras sobre os dias subsequentes à prisão de Jorge Leal: “[...]Cecília Coimbra recordou-se de que em uma de suas sessões de tortura “dois ou três dias antes da Margarida subir para a cela coletiva”, ela viu Jorge Leal Gonçalves no corredor, saindo da sala roxa. Segundo Cecília, o militante da AP estava muito machucado, parcialmente despido, com diversos hematomas pelo corpo. Cecília reconheceu que a equipe que torturava Jorge naquele dia era a mesma que a torturou e foi por ela denunciada: o major da Polícia Militar Riscala Corbage, o capitão de cavalaria do Exército João Câmara Gomes Carneiro, o inspetor Luiz Timótheo de Lima e um soldado “negro e baixo”, cujo nome ela não conseguiu identificar. Apesar de seu envolvimento com a repressão, Carneiro passou para a Reserva em 1975 e, residindo em São Paulo, fundou em 1987 uma empresa de segurança privada.