João Henrique Ferreira de Carvalho
Nome completo
João Henrique Ferreira de Carvalho
Cronologia
1950
Gênero
Masculino
Codinome
Jota
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Médico-legista do Instituto Médico-Legal do estado do Rio de Janeiro (IML/RJ) que teve intensa participação em caso de emissão de certidão de óbito fraudulenta. Em 2016 foi denunciado pelo Ministério Público Federal de São Paulo, pela primeira vez, um informante da ditadura militar. Segundo a denúncia, o médico aposentado João Henrique Ferreira de Carvalho, Jota, atuou como infiltrado na Ação Libertadora Nacional (ALN) ajudando agentes do DOI-Codi/SP a capturar, em 1973, três militantes que foram torturados e mortos. A Procuradoria da República considerou que Carvalho contribuiu de forma determinante para o assassinato de Arnaldo Cardoso Rocha, Francisco Emmanuel Penteado e Francisco Seiko Okama, pois sabia que as informações passadas aos agentes levariam à morte das vítimas. Além do informante, o MPF denunciou pelo crime de homicídio qualificado os ex-policiais militares Beatriz Martins, a agente Neuza, e Ovídio Carneiro de Almeida, vulgo agente Everaldo, também colaboradores do DOI-Codi. O triplo homicídio pode ser ainda agravado por motivo torpe, já que a Procuradoria considera que a execução teve o objetivo de eliminar os inimigos políticos do regime e manter os militares no poder, além de os assassinos terem empregado recursos que tornaram impossível a defesa das vítimas, já que elas sofreram uma emboscada. Perícias e depoimentos apontam que, depois de feridos gravemente, Rocha e Okama foram torturados na sede do DOI, em São Paulo, enquanto Penteado foi executado no local da captura com um tiro na cabeça.