Joaquim de Souza
Nome completo
Joaquim de Souza
Cronologia
?-1973
Gênero
Masculino
Codinome
Joaquinzão
Perfil histórico
Biografia
As poucas informações disponíveis sobre Joaquinzão indicam que ele foi um dos moradores da região de Xambioá (TO) que aderiu à Guerrilha do Araguaia. Não há informações que esclareçam, por completo, a identidade civil do camponês conhecido como Joaquinzão. Os familiares de Joaquim de Souza apresentaram à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) um pedido de reparação, alegando que seria o desaparecido em questão, mas o pleito foi indeferido por ter sido protocolado fora do prazo legalmente estabelecido. A relatora apontou também não ter sido evidenciado que se tratavam da mesma pessoa. Poucas são as informações que elucidam o paradeiro de Joaquinzão. De acordo com o livro Dossiê Ditadura, este nome seria pela primeira vez citado na reportagem “Cabeças Cortadas do Povo da Mata” do jornal Movimento, publicado de 9 de junho de 1979. Na matéria, um guia do Exército afirma ter presenciado o combate onde o camponês foi atingido, assim como o momento de sua decapitação. Segundo depoimento de Valdemar Cruz Moura, prestado ao MPF em 2001, Joaquinzão seria Joaquim de Souza Moura, seu pai, desaparecido em 18 de junho de 1973, na localidade de Pedra da Colher, em Xambioá (TO), após sair para o trabalho. Confirmando-se que Joaquinzão seja Joaquim de Souza Moura, seu local e data de desaparecimento são 18 de junho de 1973, na localidade de Pedra da Colher, Xambioá (TO). Em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Brasil pela desaparição de 62 pessoas na região do Araguaia no caso Gomes Lund e outros (“Guerrilha do Araguaia”) vs. Brasil. Joaquinzão foi considerado pela Corte Interamericana uma possível vítima de desaparecimento forçado.