Joelmir Campos de Araripe Macedo
Nome completo
Joelmir Campos de Araripe Macedo
Cronologia
1909-1993
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Tenente-brigadeiro do ar. Foi Ministro da Aeronáutica de novembro de 1971 a março de 1979. Joelmir ingressou na Escola Militar do Realengo em 1925 e integrou a primeira turma de cadetes da Escola de Aviação Militar Marechal Deodoro, sendo posteriormente piloto do Correio Aéreo Militar, depois Correio Aéreo Nacional (CAN). Durante a Revolução de 1930 ficou preso na fortaleza de Santa Cruz e, posto em liberdade, fugiu para Belo Horizonte pilotando um avião com armas, mas, sofrendo uma queda foi mais uma vez aprisionado e impedido de participar diretamente do evento. Em 1932 participou da repressão à Revolução Constitucionalista de São Paulo, realizando missões aéreas. Ainda na década de 1930, frequentou a primeira turma de engenharia aeronáutica da Escola Técnica do Exército, formando-se em 1941. Com a criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira (FAB) em janeiro de 1941, transferiu-se para essa nova força armada. Em 1952 foi membro da Comissão de Desenvolvimento Industrial da Aeronáutica e, em novembro de 1954, foi promovido a brigadeiro. Em 1967 foi aposentado compulsoriamente, mas manteve suas funções públicas até que em 1971 foi nomeado por Médici para a pasta da Aeronáutica, em substituição a Sousa e Melo. Em seu discurso de posse no Ministério da Aeronáutica, Araripe Macedo afirmou que seria mantida a vigilância na defesa da pátria e na garantia dos poderes constituídos, “da lei e da ordem, conforme a missão constitucional das forças armadas”. Acrescentou que não daria trégua “à subversão, ao terrorismo e ao comunismo”, e que “acima de tudo” exigiria “disciplina, exação no cumprimento do dever, lealdade, respeito mútuo entre superiores e subordinados, e uma inflexível linha hierárquica nos canais de comando”. Com o fim do mandato presidencial de Médici e sua substituição pelo Geisel, Araripe foi o único ministro militar mantido na pasta. Em 1978 mostrou-se contrário à concessão da anistia ampla, afirmando que “a Revolução não havia terminado” e que não se deveria “escancarar as portas para o retorno da baderna e subversão que existia antes de 1964.” Araripe Macedo deixou a pasta da Aeronáutica em março de 1979, ao terminar o governo do general Geisel.