José Campos Correia Filho
Nome completo
José Campos Correia Filho
Gênero
Masculino
Codinome
Campão
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Instituições estatais | Organizações clandestinas da repressão
Biografia
Investigador da Polícia Civil lotado no Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP) entre 1969 e 1970, trabalhando com o delegado Sérgio Fleury. Também compôs, em 1963, a Ronda Unificada do Departamento de Investigações (RUDI). José Campos Correa Filho, conhecido como Campão, também foi investigado e julgado como integrante do Esquadrão da Morte pela execução de detidos e/ou procurados pela Justiça. Sérgio Fleury era considerado pela Justiça o líder do Esquadrão da Morte e foi réu em sete processos, sendo que Campão o acompanhou em muitas dessas denúncias. Como exemplo, a pesquisa de Márcia Gomes Fernandes destaca: a participação no assassinato de Antônio de Sousa Campos (Nego Sete), fuzilado em 23 de novembro de 1968 no município de Guarulhos; Assassinato de Antonio Rodrigues Dalava (Nico), Antonio Mendonça (Gaúcho) e Marcos Pietrafesa (Italianinho). Os cadáveres das três vítimas foram encontrados em 18 de dezembro de 1968. Eles haviam sido presos e recolhidos ao xadrez do DEIC, dali foram retirados para serem executados pelos denunciados. Outro processo é pelo assassinato de Domiciano Antunes Filho (Luciano), Geraldo Alves da Silva (Paraíba) e Paulo Marco Vit, que ocorreu no dia 3 de dezembro de 1968. Por sete votos a zero e depois de 21 horas de julgamento, os jurados da Comarca de Barueri absolveram o delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury e os investigadores João Carlos Tralli e José Campos Correa Filho, o Campeão, acusados do assassínio dos traficantes de entorpecentes. Em 1970 a Comissão Especial de Investigação produziu um Relatório entregue ao Secretário de Segurança Pública, Cel. Danilo Darcy de Sá da Cunha e Melo, acusando os policiais Heliodoro Leite Neto, João de Oliveira, Angelino Moliterno, José Giovanini, Adhemar Costa, João Carlos Tralli, José Astorige Correira, Ademar Augusto de Oliveira, Antônio Augusto de Oliveira, Fernando Valverde, Ary Salvi, José Alves da Silva, Marcos Paranhos Fleury e os conhecidos pelos nomes de "Bruninho", "Meninão", Campão" e "Ubirajara" por envolvimento em corrupção e subversão da ordem pública, com abuso da função pública. No Relçatório da CNV, Campão é identificado como "José Carlos Campos Filho".