José João Vettorato
Nome completo
José João Vettorato
Cronologia
1935-2016
Gênero
Masculino
Codinome
Capitão Amici
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Delegado da Polícia Civil com passagens pela Delegacia Seccional e pelo Cerco - Corpo especial de repressão ao crime organizado do antigo DEGRAN, na década de 1980. Em 1992 foi publicamente denunciado como torturador após ser reconhecido por quatro ex-presos políticos como o Capitão Amici, torturador do Doi-Codi/SP. Ele foi o comandante da Equipe B de Interrogatório entre 1969 e 1972. Segundo depoimento de um dos ex-presos, publicado em jornal na época, Vettorato “quando percebia que a vítima ia desmaiar, depois de muitas borrachadas e vários choques elétricos, o capitão Amici fazia cheirar amônia. “Ele me despertava para continuar me torturando”. Em 2015 o Ministério Público Federal em São Paulo denunciou três agentes da repressão pelo homicídio de Joaquim Alencar de Seixas, militante do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), assassinado em 17 de abril de 1971. Também são alvos da denúncia os médicos-legistas Pérsio José Ribeiro Carneiro e Paulo Augusto de Queiroz Rocha, responsáveis à época pelo exame de corpo de delito da vítima. Os médicos são acusados de falsidade ideológica, por terem omitido informações e inserido dados falsos no laudo necroscópico, com o objetivo de assegurar a ocultação e a impunidade do homicídio cometido pelos demais denunciados. Depoimentos colhidos pelo MPF e pela Comissão da Verdade do Estado de São Paulo mostram que os membros do DOI-CODI, os delegados David dos Santos Araújo, conhecido como “Capitão Lisboa”, e João José Vettorato, o “Capitão Amici”, bem como o então investigador de polícia Pedro Antônio Mira Granciere, cujo apelido era “Tenente Ramiro”, foram responsáveis pela tortura e morte de Joaquim Alencar.