Lenilso Tabosa Pessoa
Nome completo
Lenilso Tabosa Pessoa
Cronologia
1937-2007
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo (IML/SP). Teve participação no caso de emissão de laudo necroscópico fraudulento para o militante político da ALN Hélcio Pereira Fortes, executado em 1972 por agentes da repressão no DOI-CODI/SP. Após a morte de Hélio, o laudo foi requisitado no dia 28 de janeiro de 1972 pelo Delegado do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP) e na requisição constava a letra “T”, escrita em vermelho, a indicar que se tratava de “terrorista” e que a natureza da ocorrência seria “homicídio”. Assim, no dia 11 de fevereiro de 1972, os dois médicos legistas responsáveis pelo corpo de Hélio, Isaac Abramovitch e Lenilso Tabosa Pessoa, elaboraram o Laudo de Exame de Corpo de Delito e o atestado de óbito declarando a causa da morte como “anemia aguda traumática” e ainda, “segundo consta, foi vítima de tiroteio”. O documento omitiu as lesões visíveis existentes e decorrentes de tortura em todo o corpo da vítima, embora evidentes. Legalizaram assim a versão oficial dos fatos que dizia que a vítima teria morrido em decorrência de tiroteio travado com agentes da repressão na Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo. Lenilso Tabosa Pessoa foi professor de medicina legal das faculdades de direito da USP e de São Bernardo do Campo e, desde que faleceu, em 2007, sua viúva, Silvana Cristina Videira Tabosa Pessoa, recebe pensão vitalícia. Em 2014 foi incluído em denúncia do MPF sobre sua participação no caso de Hélio Pereira Fortes.