Lúcio Vieira
Nome completo
Lúcio Vieira
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Gestão de estrutura utilizada pela repressão | Político-institucional
Perfil de Atuação
Biografia
Delegado de Polícia Civil. Diretor-geral do Deops/SP na década de 1970. Conforme Relatório Final da CNV, no quarto andar do edifício-sede do Deops/SP funcionava a Diretoria-Geral e as Delegacias de Ordem Social e de Ordem Política. Na primeira metade da década de 1970, o diretor-geral, Lúcio Vieira, trabalhava com Tácito Pinheiro Machado, como primeiro-delegado-assistente, e Luiz Orsatti, como segundo-delegado-assistente. Foi um dos responsáveis em negar o pedido de que representantes da Anistia Internacional visitassem unidades prisionais para verificar denúncias de tortura contra presos políticos nos anos 70. As correspondências oficiais eram respondidas pelo Diretor Geral de Polícia do Dops, o então delegado Lúcio Vieira. Assim, em agosto de 1972, Lúcio responde ao escritório da Anistia em Hannover, na Alemanha: "Recebemos sua carta e ficamos surpresos com o jeito agressivo como você a escreveu", escreveu o diretor, que classificou a carta como "resultado da má-informação" que a organização teria recebido sobre o país, transmitida por "anti-patriotas e comunistas interessados em nos difamar em função do prestígio internacional" que o Brasil estava alcançando. Como diretor geral, também esteve empenhado em manter boas relações com o empresariado, conforme ofício localizado em pesquisa coordenada por Guaracy Mingardi sobre o Caso Volkswagen: “Este departamento vem há muito procedendo a investigações tendo em vista a ação do PCB nas grandes empresas, o que, aliás, obedece a planos já elaborados. Tínhamos conhecimento que indústrias automobilísticas seriam visadas, entre elas a Volkswagen, o que inclusive motivou um entrosamento entre esta direção e elementos de segurança da citada empresa”.