Osvaldo Cordeiro de Farias
Nome completo
Osvaldo Cordeiro de Farias
Cronologia
1901-1981
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Instâncias da atuação na repressão
Perfil de Atuação
Biografia
Osvaldo Cordeiro de Farias ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, em 1918. No contexto de 1922 foi preso por três meses e em 1924 uniu-se novamente aos tenentistas e, sob a liderança de Luís Carlos Prestes, Cordeiro as teve atuação destacada, comandando um dos quatro destacamentos que a compunham. Após abandonarem o Brasil em 1927, Cordeiro retorna clandestinamente ao Brasil no ano seguinte, dando prosseguimento às atividades conspiratórias, sendo então preso. Julgado e absolvido, retornou ao Exército sem deixar, contudo, de conspirar contra o governo. Em 1930 participa da Revolução ao lado de Getúlio Vargas e, com a vitória do movimento, acaba lotado no gabinete do ministro da Guerra. Em 1931 é transferido para São Paulo, assumindo a chefia da polícia. Em 1935 combate o levante militar e no ano seguinte conclui o curso da Escola de Estado-Maior do Exército. Em 1937 é transferido para o Rio Grande do Sul, assumindo a chefia do estado-maior da 3ª Região Militar. Em 1938 é nomeado por Vargas como interventor federal no Rio Grande do Sul. Em 1944 integra a FEB. De volta ao Brasil em 1945 teve seu nome cogitado como candidato a presidente da República e em outubro desse ano participa do golpe militar que afastou Vargas do poder e extinguiu o Estado Novo. Em dezembro de 1948, foi elaborado o anteprojeto do regulamento da Escola Superior de Guerra (ESG), escrito por um grupo de militares liderado pelo general Oswaldo Cordeiro de Farias, além de três militares norte-americanos. Posteriormente, em agosto de 1949, foi criada a Escola Superior de Guerra, instituto de altos estudos, que pretendia ser um centro de pesquisas sobre segurança e desenvolvimento do Brasil, e estava diretamente subordinada ao ministro de Estado, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. A ESG nasce imersa no clima ideológico da época, que postulava um conflito permanente entre o Ocidente e o Leste comunista, a partir do qual se buscava formular uma doutrina de segurança nacional. Comandou a escola até 1952, quando assumiu o comando da Zona Militar Norte, sediada em Recife. Entre 1954 e 1958 elegeu-se governador de Pernambuco. Em 1961 foi nomeado chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa) pelo presidente Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio, envolveu-se ativamente na conspiração contra o novo presidente, João Goulart. Após a instalação do regime militar em 1964, passou a dirigir o Ministério Extraordinário para a Coordenação dos Organismos Regionais, posteriormente Ministério do Interior, função que desempenhou até junho de 1966, quando se retirou da vida pública.