Dossiê dos mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964

Resumo

O "Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos a partir de 1964" foi produzido pela Comissão de Familiares e Mortos e Desaparecidos Políticos e Instituto de Estudos da Violência do Estado, pelo Grupo Tortura Nunca Mais - RJ e pelo Grupo Tortura Nunca Mais - PE, publicado em 1995. Nele há um prefácio escrito pelo Cardeal Paulo Evaristo Arns e uma introdução redigida pela equipe organizadora, em que abordam as atrocidades cometidas ao povo brasileiro pela Ditadura Militar, deixando muitos mortos e desaparecidos. Mesmo com o retorno do Estado de Direito essa situação ainda não foi resolvida e muitas famílias continuam sem saber onde seus entes foram enterrados, além disso, o Estado brasileiro ainda se omite de suas resposabilidades. O dossiê está divido em "Mortes Oficiais" sendo essas subdivididas por ano (1964-1983); "Outras Mortes"; "Mortes no exílio"; "Desaparecidos no Brasil"; "Desaparecidos no exterior" subdividido em Argentina, Bolívia e Chile. Cada nome citado é acompanhado de algumas informações pessoais, profissionais e de atuação política, bem como da condição da morte e/ou desaparecimento, quando há. Não constam no dossiê os nomes dos trabalhadores rurais assassinados pelos grandes fazendeiros, que segundo levantamento realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) foram 1781 entre os anos 1964 a 1993, nem dos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, nem dos índios e nem dos operários e trabalhadores urbanos.