Jaime Cortesão : cidadão patriota resistente

Resumo

Jaime Cortesão lAnçã, Cantanhede, 29.04.1884 - Lisboa, 14.08.1960) participou voluntariamente na l Guerra Mundial como médico, tendo deixado escritas umas preciosas Memórias da Grande Guerra (1916-1919).
Republicano, membro fundador da Renascença Portuguesa e Diretor da Biblioteca Nacional até 1927. Nesse ano envolveu-se diretamente na resistência contra a Ditadura Militar, tendo liderado o movimento de «3 de Fevereiro de 1927» no Porto. Exilou-se e fundou em França a «Liga de Paris» de onde partiu a ação mais consequente de combate contra a Ditadura Nacional e o Salazarismo no exílio. Instalou-se em Madrid em 1931, participou na Guerra Civil de Espanha ao lado dos republicanos, tendo atravessado os Pirinéus na «Grande Fuga de 1939». Foi preso em Vilar Formoso, no seu regresso a Portugal, a 27 de junho de 1940. Instalado no Aljube e depois transferido para a Prisão de Peniche, em 29 de junho desse ano. Em 13 de setembro, o governo de Salazar fixou-lhe um prazo de 30 dias para se ausentar do país. No Brasil, inicia um novo exílio, de onde só regressará em 1957.
A sua vida política continua, depois do regresso.
Envolve-se na campanha das Eleições de Humberto Delgado e, já como septuagenário, sofre uma última prisão em Caxias no decorrer da sua luta pela Liberdade e pela Democracia.