Entrevista com Edy Star

Resumo da entrevista

O entrevistado inicia a entrevista recordando sua infância em Salvador, Bahia. Conta suas recordações sobre o período do Estado Novo e a forte presença da leitura na sua casa, devido à influência de seu pai. Conta que não foi um bom estudante, pois acreditava que era uma forma de ser menos incomodado por ser homossexual. Relata as primeiras percepções e experiências com sua sexualidade, na adolescência, assim como as poucas referências que acessava sobre homossexualidade nesse momento. Conta como formou seu grupo de amigos, conhecido como “Turma da quinta árvore”, seus encontros na Praça Castro Alves e as práticas de sociabilidade homossexual em Salvador, no início dos anos 1960. Conta suas percepções sobre o golpe de 1964 e sobre a efervescência artística e cultural de Salvador em meados dos anos 1960. Relata o início da sua carreira musical, ainda na adolescência, no programa “Hora da Criança”, da Rádio Sociedade da Bahia. Conta sobre seu ingresso na Companhia Baiana de Comédia e o período em que se dedicou ao teatro em Recife. Relata sobre sua experiência como produtor e apresentador na Tv Itapoan, em Salvador, até a sua demissão. Conta como se tornou amigo de Raul Seixas, que o levou para o Rio de Janeiro, em 1970, para trabalhar como contratado da Discos CBS. Relata como começou a apresentar-se na noite do Rio de Janeiro, sobretudo na Praça Mauá e no Teatro Rival, e como eram suas apresentações nas boates. Relata como se tornou contratado da boate Number One, onde apresentou-se por seis meses. Conta sobre suas experiências com a censura e com a polícia no Rio de Janeiro. Relata o período em que viveu em São Paulo e os lugares de sociabilidade homossexual que frequentou: Galeria Metrópole, Nostro Mondo, Medieval. Conta como recebeu o convite para participar do espetáculo Rocky Horror Picture Show. Relata uma entrevista Fatos e Fotos, em 1975, em que declarou publicamente sua homossexualidade. Conta suas percepções sobre o final da ditadura e sobre a censura. Finaliza a entrevista apresentando o livro “Diário de um invertido” e apontando qual a importância de produzir um registro sobre suas memórias.