Edy Star

Biografia

Edvaldo Araújo de Souza (Edy Star) nasceu em Juazeiro, Bahia, em 10 de janeiro de 1938. Com um ano de idade, seus pais mudaram-se para Salvador, onde ele viveu até o início da vida adulta. Iniciou sua carreira artística na adolescência, no programa “Hora da Criança”, da Rádio Sociedade da Bahia. Depois de um dos ensaios, conheceu um grupo de amigos com os quais formou a “Turma da quinta árvore”. Aos vinte anos, ingressou na Petrobrás como auxiliar e técnico de produção. Porém, em 1961, saiu da estatal para dedicar-se à carreira de pintor, assumindo o nome artístico Edy Souza. Frequentou o Teatro Vila Velha, onde conheceu Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil e fez seus primeiros shows de música brasileira na Galeria Bazarte. Após sair do programa “Hora da Criança’, fez parte da Companhia Baiana de Comédia, que o levou estabelecer-se, em 1966, em Recife, onde trabalhou na Tv Jornal do Commercio e montou o espetáculo “Memória de dois cantores”, com Naná Vasconcelos e Geraldo Azevedo. Esta experiência o levou a defender a música “Dia Cheio de Ogum”, no festival “O Brasil Canta o Rio”, em 1968. No final de 1967, retornou para Salvador para trabalhar como produtor e apresentador da Tv Itapoan. Em 1970, após cobrar os salários atrasados da emissora enquanto apresentava um programa, é demitido. Após deixar a emissora, reencontra Raul Seixas que o leva para o Rio de Janeiro para trabalhar como contratado da Discos CBS, quando gravam o disco Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, junto com Maria Alcina. Em 1972, após deixar a gravadora, apresentou-se em distintas casas noturnas e casas de espetáculos na Lapa, na Praça Mauá e em Copacabana. Em 1973, após terminar uma temporada de seis meses na boate Number One, mudou-se para São Paulo, onde adota o nome artístico Edy Star. No ano seguinte, lança seu disco de estreia, “Sweet Edy”, pela Som Livre. Em 1975, participa no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro, da primeira montagem brasileira do espetáculo Rocky Horror Picture Show. Na década de 1980, dedicou-se à carreira teatral, produzindo, escrevendo e dirigindo peças. Além disso, participou do baile de carnaval Gala Gay, na boate Scala Rio. Em 1992, mudou-se para Madrid, Espanha, onde viveu por 18 anos. No momento da gravação da entrevista, morava em São Paulo e havia lançado, em 2022, o livro “Diário de um invertido: escritos líricos, aflitos e despudorados – Salvador 1956-1963”, com contos e poemas homoeróticos escritos por ele em Salvador. Edy Star faleceu em 24 de abril de 2025.