Entrevista com Rita Quadros

Resumo da entrevista

A entrevistada inicia sua entrevista falando sobre o clima político do bairro onde cresceu, Vila Maria, zona norte de São Paulo. Conta sobre suas percepções da presença da polícia no dia-a-dia do bairro. Relata que começou a compreender o que havia ocorrido durante a ditadura, ao entrar em contato com o livro “Brasil Nunca Mais”, e suas percepções sobre o conteúdo do livro. Conta como entrou em contato com a Teologia da Libertação, em um grupo de jovens da igreja católica. Relata as suas primeiras experiências como lésbica. Conta sobre a efervescência cultural nos anos da abertura política. Contra sobre o seu processo de filiação no Partido dos Trabalhadores (PT), em 1984, e sobre as discussões sobre gênero e sexualidade no partido, naquele contexto. Relata suas percepções sobre o processo de institucionalização dos movimentos sociais nos anos 1990. Conta sobre o início da sua militância no movimento LGBTQIA+, em um grupo de estudos chamado Etc. e tal. Relata suas percepções sobre a Primeira Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, em 1997. Reflete sobre o lugar das lésbicas em espaços de militância LGBTQIA+. Conta como se deu a sua saída da organização da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo e a organização da 1ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo, realizada em 2003. Reflete sobre a relação entre o afetivo e o ativismo entre as lésbicas. Conta sobre o V Seminário Nacional de Lésbicas, realizado em São Paulo, em 2003. Conta suas primeiras lembranças da epidemia de HIV/Aids. Relata a primeira vez que foi ao Ferro’s Bar e sua relação com a memória do levante ocorrido ali, em 1983. Recorda algumas pioneiras do movimento lésbico brasileiro: Lurdinha Rodrigues, Dora Simões, Emily, Ruth, Éride, Rosely Roth, Virgínia, Rosângela Castro, Miriam Weber, Cláudia, Mara. Finaliza a entrevista relatando qual a importância de registrar suas memórias.