Entrevista com Ubirajara Caputo

Resumo da entrevista

O entrevistado inicia seu relato recordando sua infância na Mooca, bairro de São Paulo (SP), o cotidiano do bairro, a vida familiar e escolar e suas raízes italianas. Conta suas primeiras lembranças sobre o centro de São Paulo, no começo dos anos 1960. Relata suas lembranças do dia do golpe de Estado de 1964. Conta sobre a presença da polícia no seu dia a dia, quando era estudante da USP. Relata como era a universidade nesse contexto e a relação dos estudantes com as autoridades universitárias. Conta sobre suas primeiras referências sobre os primeiros homossexuais que ele conheceu, ainda na adolescência, e suas primeiras experiências sexuais. Conta como era a paquera entre homens gays na Praça da República. Conta sobre as reações de amigos e de sua mãe quando contou sobre sua sexualidade. Relata suas percepções sobre as contradições do processo de abertura política e de conquista de liberdades civis, sendo um homem gay. Contra sobre os perigos que envolviam viver sua sexualidade e a presença da polícia em espaços de pegação. Conta casos que escutou sobre homens gays que foram presos em batidas policiais. Conta suas percepções sobre as mudanças sofridas pela região da República entre meados dos anos 1970 e início dos anos 1980. Conta quais eram as diferenças entre as regiões da Boca do Luxo e da Boca do Lixo. Relata algumas boates frequentadas por ele: Nostro Mondo, Medieval, Val Improviso, Gent’s, Prohibidu’s, Bug House, Villa Satation Cabaré, Corintho e Danger. Conta sobre seu relacionamento com uma artista transformista chamada Maica. Conta o que significou para ele ser um filho da Revolução Sexual e como fez para conciliar a liberdade sexual com a afetividade. Relata qual foi sua relação com os grupos de militância homossexual organizada. Conta como se deu seu envolvimento no Lambda e na luta contra a epidemia de HIV/Aids. Conta o que significou para ele o fim da ditadura. Conta como eram as saunas e a sociabilidade que se desenvolvia nesses espaços. Relata suas primeiras referências sobre HIV/Aids. Conta como conheceu seu marido, Luiz, e as vivências dos dois durante o seu processo de adoecimento. Conta como se organizava o Lambda e quais ações eram desenvolvidas pelo grupo. Relata como conheceu Brenda Lee e sua casa de apoio. Finaliza a entrevista realizando um balanço sobre suas experiências e perdas pessoais nos primeiros anos da epidemia de HIV/Aids.