Largo General Osório, 66
Santa Ifigênia, São Paulo, SP
Telefone: 55 11 3335-5910
Entrada Gratuita
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças), das 10h às 18h
faleconosco@memorialdaresistenciasp.org.br

Coleta Pública de Testemunhos: Visibilidades Lésbicas

Evento faz parte da programação do Percurso Curatorial sobre o tema “Gênero e Ditadura”, desenvolvido pelo Acervo Bajubá a convite do Memorial.

Durante a “Invasão do Ferro’s Bar”, Rosely Roth discursa no interior do bar para impedir o fim da circulação do boletim ChanacomChana. | Acervo Folha de São Paulo

Marcando o mês da visibilidade lésbica, o Memorial da Resistência de São Paulo e o Acervo Bajubá realizaram no dia 27 de agosto, às 10 horas, uma Coleta Pública de Testemunhos sobre a resistência lésbica em diferentes espaços e contextos. Os testemunhos coletados ficarão disponíveis no acervo do Centro de Referência do Memorial para consulta do público.

Coleta Pública de Testemunhos é um evento interativo, promovido pelo museu com o objetivo de refletir e aproximar o público de temas a partir de debates com personalidades, militantes de direitos humanos e movimentos sociais, ex-presos e perseguidos políticos sobre suas experiências de resistência. Após a exposição das convidadas, o público toma a palavra para perguntas e contribuições com o tema.

O evento foi elaborado a partir do interesse do público pelos processos do programa Coleta Regular de Testemunhos, que produz um amplo acervo de entrevistas gravadas em vídeo para a construção de uma história oral no contexto das décadas de 1960-80, período marcado pela ditadura civil-militar no Brasil. Os vídeos integram o acervo do Centro de Referência do Memorial, contribuindo com a democratização da informação e possibilitando a reflexão crítica para a formação de uma sociedade que preze por princípios dos Direitos Humanos.

A Coleta Pública de Testemunhos: Visibilidades Lésbicas faz parte da programação do Percurso Curatorial com o tema “gênero”, realizado pelo Acervo Bajubá a convite do Centro de Referência.

Conheça as convidadas:

Rita Quadros – Militante dos movimentos de saúde, moradia e político partidário a partir dos anos 80. Na década de 90 participou da organização das primeiras Paradas do Orgulho. Na primeira década dos anos 2000, presidiu a Comissão Organizadora do V Seminário Nacional de Lésbicas (V SENALE), compôs a organização das primeiras Caminhadas de Lésbicas e assumiu a cadeira destinada às lésbicas no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. De 2008 a 2011, constituiu o Cine Mulher, com exibições de filmes produzidos por mulheres ou que abordassem,  a partir da perspectiva de gênero, o trabalho, educação, machismo, diversidade sexual, maternidade, etc. Hoje em dia atua no Cine Sapatão, coletivo  que exibe filmes onde, a partir de uma perspectiva lesbiana, se aborda as diversas e múltiplas invisibilidades: sexual, identidades, gênero, racial, geracional, econômica e de classe.

Daiane Pettine – Artista audiovisual, gestora de projetos culturais e arte-educadora. Criadora e diretora da premiada série “Atunko Ilú Obá De Min”, vencedora como melhor WebSerie de Diversidade no RioWeb Fest 2020, representante do Brasil no Diversity in Cannes na França (2021), indicada como Melhor WebSerie Documental nos Festivais de WebSeries de Montreal no Canadá (2021), New Zealand WebFest na Nova Zelândia (2021) e no Festival de WebSeries de Bilbao na Espanha (2021). É autora do livro, “Avaliar verbo transitivo” e atua na coordenação do  ecossistema do bloco afro Ilú Obá De Min.  Cria utilizando processos criativos colaborativos buscando diálogo entre histórias com temas sociais, narrativas negras, femininas e criações em animação.

Florencia Castoldi – Assistente Social, imigrante, argentina, membro da rede de mulheres imigrantes lésbicas, bissexuais e pansexuais (MILBi+).

Mediação:

Bárbara Esmenia – Poeta, escritora, dramaturga e curinga de Teatro da/os Oprimida/os. Tem três livros de poesia publicados e participa como poeta e contista em várias coletâneas. Integra a Rede Magdalenas Internacional de Teatro das Oprimidas e a Rede Sem Fronteiras de Teatro da/o Oprimida/o. É uma das editoras-fundadoras da padê editorial, editora artesanal com foco em publicações de mulheres negras e pessoas LGBT+. Coordena as áreas de artes e feminismos da editora Publicar al Sur (México).

Julia Gumieri – Pesquisadora no Memorial da Resistência de São Paulo desde 2015. Possui o mestrado (2016) pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade de São Paulo (USP) e graduação (2011) em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Entre 2013 e 2014 foi membro da Comissão da Verdade da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). 

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