Resumo da entrevista
Em entrevista sobre a implantação do Memorial da Resistência de São Paulo (MRSP) e a memória institucional atrelada a esse processo, Gabriela falou sobre sua participação, em 2007, no desenvolvimento do Projeto Museológico de Ocupação do Memorial da Liberdade – que em 2009 se transformou no Memorial da Resistência de São Paulo (MRSP). Quando recebeu o convite para integrar a equipe técnica responsável pela elaboração do projeto, Gabriela já trabalhava na Pinacoteca do Estado, como responsável pelo Programa de Educação Sociocultural da instituição. Nesse sentido, colaborou para o desenvolvimento das primeiras ações e materiais educativos do Memorial, baseando-se em algumas experiências aplicadas na Pinacoteca. Entre as ações desenvolvidas, relembrou o programa de formação para professores e educadores não formais, a produção de materiais impressos (pranchas) e os guias de visitação de caráter questionador. Apontou ainda para o desafio de se criar formas efetivas e regulares de interlocução entre as temáticas do MRSP e da Pinacoteca, o que identificou como sendo uma questão complexa e presente desde a implantação. Atualmente, Gabriela enxerga o MRSP como uma instituição madura e dinâmica em suas propostas e ações e com a grande responsabilidade de se posicionar frente às atuais violações aos direitos humanos. Por fim, problematizou a relação da instituição com o entono, que vem sofrendo com diversas violações de direitos, e de que forma esta realidade acaba demandando ações, não só de cunho educativo.
