Dados gerais
Título
Entrevista com Maria Auxiladora de Almeida Cunha Arantes
Código da entrevista
C030
Entrevistados
Data da entrevista
22/05/2013
Resumo da entrevista
Dodora versou sobre a efervescência política e cultural do período e as convicções ideológicas que a guiaram em suas escolhas como militante. Tais escolhas determinaram uma prática essencialmente voltada para a comunidade rural incidindo, sobretudo, no campo da educação. Sendo à época casada com Aldo Arantes, sua narrativa entrelaça-se à dele, contribuindo também para o registro da história da militância de Aldo. Paralelamente, elucidou questões relativas às diretrizes de importantes organizações políticas de oposição ao regime, com destaque para a AP, organização à qual fazia parte. Através de uma explanação cronológica dos fatos, tratou sobre as condições de vida possíveis dentro da clandestinidade; o caráter de seu exílio no Uruguai; o desprendimento dos bens materiais em prol da militância e a vulnerabilidade na qual ela e seus filhos encontravam-se ao permanecerem presos sem registro. Descreveu as condições dos cárceres por onde passou e resgatou fragmentos do imaginário infantil produzido por seus filhos dentro do ambiente prisional. Compartilhou ainda seu ponto de vista sobre o conceito de crime conexo; a interpretação atual dada à Lei da Anistia e a importante participação do Sedes Sapientiae em defesa da Anistia. Concluiu refletindo sobre como a questão do pacto de silêncio foi algo profundamente incentivado pela repressão e que deve ser hoje, definitivamente, superado pela sociedade civil. Falou ainda sobre seu último livro publicado, no qual aborda as modalidades de tortura praticadas pela ditadura civil-militar brasileira, intitulado "Tortura: testemunhos de um crime demasiadamente humano"
Entrevistadores
Karina Alves | Marcela Boni
Duração (minutos)
179
Operador de câmera
André Oliveira
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
ARANTES, Maria Auxiliadora de Almeida Cunha. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Karina Alves e Marcela Boni em 22/05/2013.