Dados gerais
Nome
Hospital Psiquiátrico do Juqueri e Manicômio Judiciário
Registro no Inventário
096-08.001
Cidade
Endereço
Avenida dos Coqueiros, 300, Centro.
Verbete
Projetado por Ramos de Azevedo, o Hospital Psiquiátrico do Juqueri foi fundado em 1898. Como uma das primeiras instituições psiquiátricas instaladas no país, refletia uma lógica de associação entre os comportamentos desviantes, a loucura e a necessidade disciplinar, que atingia seu ápice no séc. XIX. Sujeitos “antissociais”, diagnosticados ou não, eram enviados a espaços de reclusão e controle por serem considerados ameaças à ordem social. Entre eles, poderiam ser enquadrados imigrantes, usuários de drogas e álcool, pessoas sem trabalho fixo (“vagabundos”), homossexuais, além de mulheres que desafiavam normas de conduta e sexualidade (“prostitutas”, “histéricas”, “mães solteiras”). Aprisionadas pelo Estado ou abandonadas pela família, as pessoas conviviam em condições degradantes no Juqueri, sujeitas à tortura e morte. Na ditadura, recebeu também presos políticos encaminhados pela repressão, entre os quais, segundo uma denúncia anônima, o desaparecido David Capistrano da Costa. Até a Lei Antimanicomial (2001), o hospital somou histórico de mais de 120 mil internações. Mais recentemente, em outubro de 2016, houve uma rebelião e fuga de presos.
Classificação
Contexto histórico
Ditadura Civil-Militar (1964-1985)
Usos e funções
Lugares relacionados
Autoria do verbete
Julia Gumieri