Dados gerais
Título
Entrevista com Angélico Bernardino
Código da entrevista
C153
Entrevistados
Data da entrevista
03/07/2019
Resumo da entrevista
Em seu testemunho, Dom Angélico narrou sobre sua missão religiosa alinhada à sua visão de mundo, dando ênfase à experiência de resistência por ele vivida durante vigência da Ditadura Civil-Militar no Brasil quando atuou ligado aos movimentos sociais, populares e operários. Narrou sobre o posicionamento de uma parcela da Igreja Católica que, assumindo uma luta preferencial pelos mais pobres, apoiou a proposta das Reformas de Base de João Goulart e, anos depois, seguiu em oposição à violência de Estado promovida pela Ditadura. Como consequência, muitos membros da Igreja foram alvo de perseguição política, vindo a sofrer também censura aos seus meios de comunicação, como no caso do Jornal O São Paulo. Dom Angélico falou também sobre a organização das Pastorais e sua importância para a formação da resistência naquele período e sobre o trabalho desenvolvido por Dom Paulo Evaristo Arns e os Bispos Auxiliares na Arquidiocese de São Paulo. Dentre outros eventos mencionados, Dom Angélico relembrou a prisão de Madre Maurina, diretora do Lar Santana em Ribeirão Preto; os processos decorrentes da morte de Santo Dias; as missas celebradas em memória de Vladmir Herzog e Alexandre Leme Vannucchi dentre outros acontecimentos que formam parte da memória coletiva da resistência durante a Ditadura. Por fim, declarou a importância da preservação da memória política e social do país para que os erros do passado não sejam cometidos novamente.
Entrevistadores
Luiza Giandalia | Julia Gumieri
Duração (minutos)
56
Operador de câmera
Jamerson Lima
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
BERNARDINO, Angélico. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Luiza Giandalia e Julia Gumieri em 03/07/2019.