Entrevista coletiva com Adriana Simone da Silva e Lélia Batista Alves

Resumo da entrevista

Lélia Batista Alves inicia a “Coleta Pública de Testemunhos: Sociabilidade Lésbica” contando suas memórias de infância em Diadema (SP), durante a ditadura. Conta sobre sua participação nas lutas sindicais no fim da adolescência. Conta que se casou e teve filhos, apesar de reconhecer desde a sua pré-adolescência sua atração por mulheres. Conta como foi o início da sua relação com sua esposa, Djanira, e as dificuldades que encontraram para viver sua relação publicamente em Diadema. Conta sobre a ameaça que representavam os Carecas do ABC. Conta sobre as festas que realizavam em sua casa, que resultaram na constituição da ONG Associação Viva Diversidade. Conta sobre a participação da ONG em espaços como o Fórum Paulista e a relação com o poder público que invisibilizava a população LGBT+ local. Conta sobre o processo de articulação do movimento LGBT+ no ABC Paulista. Reflete sobre o que significa ser uma mulher lésbica em um país machista e lesbofóbico.

Adriana Arco Íris inicia seu relato contando sobre as primeiras referências de pessoas homossexuais na sua infância e adolescência. Conta que, em 1985, mudou-se de Natal (RN) para São Paulo (SP), após a morte do seu pai. Conta que, em 1995, antes de se tornar militante LGBT+, começou a vender a bandeira do arco-íris na Joy Club, em Pinheiros, São Paulo (SP). Conta os espaços de sociabilidade LGBT+ que frequentou, entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Relata que sua primeira aproximação com a militância se deu durante o V. ENTLAIDS, realizado em São Paulo, em 1997. Conta sobre sua participação nas duas primeiras edições da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. Conta sobre sua atuação na ONG Casarão Brasil Finaliza o relato refletindo sobre as conquistas das mulheres lésbicas e suas possibilidades de viver seus afetos e identidades publicamente.