Dados gerais
Título
Entrevista com Salete Campari
Código da entrevista
C187
Entrevistados
Data da entrevista
15/07/2023
Resumo da entrevista
O entrevistado inicia seu relato com suas lembranças da infância em sua cidade natal, Araruna, no interior da Paraíba. Conta que sofreu bullying por ser uma criança afeminada e suas primeiras referências de pessoas LGBT que via na sua cidade e na televisão. Conta como se deu sua mudança para São Paulo em 1981. Conta sobre as dificuldades que encontrou no relacionamento com seu irmão, que o recebeu em São Paulo, por causa da sua sexualidade. Conta os trabalhos que fez logo que chegou na cidade para ajudar sua família. Conta suas percepções sobre as diferenças entre São Paulo e sua cidade natal. Conta como conheceu Miss Biá e a iniciativa que desenvolveu com Beto de Jesus para distribuir preservativos e conscientizar sobre HIV/Aids na rua. Conta sobre como saiu da casa do irmão para morar uma amiga e, logo, com seu primeiro namorado. Conta as diferenças nos estilos de artistas transformistas. Conta como eram as noites na Nostro Mondo, Homo Sapiens, Corintho, Gents. Conta como começou a se montar em um show com Miss Biá. Conta quem eram as suas referências na arte do transformismo e destaca algumas artistas que conheceu nos últimos trinta anos. Conta como surgiu o nome Salete Campari. Relata como foi aprendeu a se montar e a importância da Miss Biá nesse processo. Conta alguns episódios de discriminação que sofreu por ser uma artista nordestina. Conta como fazia para se montar e se deslocar para as casas noturnas. Relata sobre a presença da polícia na noite. Conta como começou a associação entre Salete Campari e Marilyn Monroe. Conta sobre suas primeiras referências sobre a epidemia de HIV/Aids e os impactos da epidemia na vida noturna. Conta que sempre foi uma drag hostess, responsável por receber as pessoas nas festas, e como, a partir desse trabalho, começou a fazer participações em programas de televisão. Conta quando começou a se utilizar o termo drag queen. Conta suas experiências com desfiles de moda. Conta sobre sua participação na 17ª Conferência da Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA), realizada no Rio de Janeiro, em 1995, e sobre a realização da 1ª Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo. Conta sobre eventos virtuais, chamados “Corujão da Salete” que organizou, em 2020, em resposta à Parada Virtual do Orgulho LGBT, que, naquele ano, não convidou as artistas mais experientes. Conta como iniciou sua relação com a política partidária e o que significou para ela se lançar uma candidatura à vereança em São Paulo, em 2008. Compartilha suas percepções sobre o espaço da arte transformista na noite atual. Finaliza a entrevista contando qual a importância de compartilhar e registrar suas memórias.
Entrevistadores
Marcos Tolentitno, Lujer Sattui Mejia e Vanessa Myiashiro
Duração (minutos)
91
Operador de câmera
Vitor Bacilieri
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo
Como citar
Campari, Salete. Entrevista sobre gênero, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo. Entrevista concedida a Marcos Tolentitno, Lujer Sattui Mejia e Vanessa Myiashiro, em 15/07/2023, por meio da parceria com o Acervo Bajubá.
Assuntos: Eventos
17ª Conferência da Associação Internacional de Gays e Lésbicas | 1ª Parada do Orgulho
Assuntos: Lugares
Parque do Ibirapuera | Boate Nostro Mundo | Boate Val Improviso