Dados gerais
Título
Entrevista com Francisco Ferreira de Oliveira
Código da entrevista
C031
Entrevistados
Data da entrevista
24/05/2013
Resumo da entrevista
Francisco Ferreira inaugurou sua trajetória como militante político em 1946 ao aderir ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) por intermédio de Carlos Marighella. Em 1949, mudou-se para Osasco na Grande São Paulo, para prestar apoio à criação do Sindicato dos Metalúrgicos. Ligado ao PCB, sua luta incidiu sobre o movimento sindical e o movimento camponês com participação efetiva em diversas campanhas e manifestações populares. Em decorrência desta atuação, sofreu três processos relativamente breves de prisão política: Em 1946, 1950 e 1960. A segunda fase de sua militância, exercida em plena vigência da ditadura civil-militar, data, simbolicamente, de 1967, ano em que rompeu com o PCB e aderiu à Ação Libertadora Nacional (ALN). Comprometido, portanto, com a luta armada atuou na Ala Marighella e no Grupo Tático Armado (GTA) da organização assumindo, outras funções, a segurança pessoal de Carlos Marighella e Luís Carlos Prestes. Neste contexto, enfrentou outros três processos de prisão política: Em 1969, foi preso e torturado no Deops/SP por 15 dias; em 1970, foi detido pela OBAN e preso por dois anos e meio no Presídio Tiradentes - incluindo passagens no DOI-Codi/SP e no Deops/SP para interrogatório com sessões de tortura – e por fim, em 1975 foi preso e torturado no DOI-Codi/SP onde testemunhou a confissão do assassinato de Vladimir Herzog por agentes da repressão. Transferido para o Deops/SP foi novamente submetido a torturas, somando mais um mês de prisão.
Entrevistadores
Karina Alves | Marcela Boni
Duração (minutos)
123
Operador de câmera
André Oliveira
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
OLIVEIRA, Francisco Ferreira de. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Karina Alves e Marcela Boni em 24/05/2013