Dados gerais
Título
Entrevista com Gilson Bengardini Rampazzo
Código da entrevista
C113
Coleção
Entrevistados
Data da entrevista
01/06/2016
Resumo da entrevista
A entrevista, realizada em parceria com o Programa Lugares da Memória, versou sobre a trajetória de resistência e prisão de Gilson Rampazzo e, paralelamente, abordou questões relativas à fundação e atuação do Colégio Equipe enquanto lugar de memória da cidade de São Paulo. Embora não tenha aderido a nenhuma organização de esquerda, Gilson envolveu-se com a luta de resistência, colaborando indiretamente com o Movimento Estudantil e prestou apoio a determinadas iniciativas da Ação Popular (AP), além de ter participado ativamente do Teatro da Universidade Católica (TUCA). Foi preso pela primeira vez em 1968 durante uma manifestação estudantil na região da Consolação, época em que cursava Letras na USP e trabalhava como professor de literatura do Cursinho Equipe. Nesta ocasião, foi levado, juntamente com outros estudantes, para as dependências do Deops/SP e foi ali mantido por uma noite. Em setembro de 1969, foi novamente preso por suspeitas infundadas de ligação com militantes da luta armada. Levado então para o Quartel do Ibirapuera, sofreu torturas que se estenderam em sua passagem no DOI-Codi/SP. Por fim, foi transferido para o Deops/SP, cumprindo um mês de encarceramento. A respeito do processo de consolidação do Colégio Equipe, Gilson relembrou importantes passagens da vida institucional do Equipe, como a realização dos festivais de música ligados à resistência dos anos 1970 e descreveu as ações pedagógicas do Colégio, identificado com um pensamento de esquerda, que visa o aguçar do espírito crítico e analítico dos alunos, estimulando a participação política e social da juventude frente a realidade de seu tempo.
Entrevistadores
Luiza Giandalia | Julia Gumieri
Duração (minutos)
107
Operador de câmera
André Oliveira
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
RAMPAZZO, Gilson. Entrevista sobre o Colégio Equipe no contexto da ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Luiza Giandalia e Julia Gumieri em 01/06/2016