Dados gerais
Título
Entrevista com Jorge Romeu Paiva
Código da entrevista
C154
Entrevistados
Data da entrevista
23/08/2019
Resumo da entrevista
Influenciado pela literatura comunista, Jorge Paiva ingressou na militância paulistana logo após o Golpe de 1964, prestando apoio a companheiros perseguidos e às iniciativas de determinados grupos de esquerda que se insurgiam contra a repressão. Inserido no movimento estudantil da PUC-SP por intermédio da figura da Madre Cristina, Jorge atuou como membro de entidades estudantis como um dos líderes do Centro Acadêmico (CA) de Física, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da PUC-SP e posteriormente da União Nacional dos Estudantes (UNE). A partir de sua experiência, destacou o papel desta universidade e também do Centro Acadêmico do Instituto Sedes Sapientiae no processo de reorganização do movimento estudantil, principalmente após as prisões em massa ocorrida durante o Congresso da UNE. Em 1966, já atuando como membro da organização de esquerda Ação Popular (AP), Jorge teve seu apartamento invadido em uma operação comandada pela Aeronáutica. Preso, foi trazido ao Deops/SP onde permaneceu durante aproximadamente um mês. Após o ocorrido, Jorge ingressou em um longo período de clandestinidade. A respeito desta fase, refletiu sobre os efeitos da clandestinidade em sua vida pessoal e no desempenho de sua militância. Por conta da perseguição sofrida em São Paulo decide, junto de sua companheira, a militante Célia Zanetti, mudar-se para Fortaleza onde fundam, ao lado de outros companheiros, o grupo Crítica Radical que discute e atua segundo a teoria anticapitalista.
Entrevistadores
Luiza Giandalia
Duração (minutos)
88
Operador de câmera
Jamerson Lima
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
PAIVA, Jorge Romeu. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Luiza Giandalia em 23/08/2019.