Dados gerais
Título
Entrevista com Marlene Perlingeiro Crespo
Código da entrevista
C111
Entrevistados
Data da entrevista
28/04/2016
Resumo da entrevista
A entrevistada versou sobre os caminhos que a levaram a exercer uma militância motivada, sobretudo, pela conjuntura política repressiva estabelecida no pós-golpe. Engajada no Movimento Estudantil de Porto Alegre, cidade onde à época residia, Marlene lecionava no tradicional Colégio Júlio de Castilhos. Filiada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), participou do XXX Congresso de Ibiúna. Em decorrência da invasão policial, foi detida e levada para o Presídio Tiradentes juntamente com outros estudantes. Com efeito, intensificou-se a perseguição política, que a atingiu profissionalmente de diversas formas: além de ser demitida da escola, teve o desenvolvimento de sua carreira artística comprometido. Em 1969, vivendo em São Paulo, sofreu nova detenção, até ser de fato presa em 1973 em Campos dos Goytacazes, sua cidade natal. Escoltada por policiais, foi transferida para o Rio de Janeiro e logo em seguida para São Paulo, sendo primeiramente mantida no DOI-Codi/SP. Devido às torturas ali sofridas, fez-se necessária sua internação no Hospital das Clinicas para atendimento médico e psiquiátrico. Em seguida, foi encaminhada ao Deops/SP onde permaneceu presa por aproximadamente dois meses. A respeito desta fase, Marlene recordou a convivência fraterna com as companheiras de cela. Após deixar a prisão, trabalhou até a abertura política, como ilustradora em jornais de oposição ao regime, como o Jornal Movimento, Versus e Folhetim.
Entrevistadores
Luiza Giandalia | Desirée Azevedo
Duração (minutos)
57
Operador de câmera
André Oliveira
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
CRESPO, Marlene Perlingeiro. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Luiza Giandalia e Desirée Azevedo em 28/04/2016.